Já se passaram mais de 20 dias desde que Emília Corrêa (PL) assumiu o comando de Aracaju, mas as trocas de acusações com o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) sobre suas gestões na capital continuam frequentes.
Desta vez, em nota, a gestão de Emília alegou que “com a clara intenção de prejudicar a saúde da população de Aracaju, a gestão anterior cancelou 26 empenhos relativos à compra de medicamentos e de outros produtos essenciais. Todos os cancelamentos foram realizados no dia 30 de dezembro de 2024, final do governo Edvaldo Nogueira, e já comprometem o abastecimento das 45 Unidades de Saúde da Família”.
Segundo o mesmo comunicado, um relatório do Almoxarifado Central da Secretaria Municipal de Saúde apontou que os estoques de produtos essenciais, como fraldas e remédios de uso controlado, estão em nível crítico ou zerados.
Edvaldo Nogueira, por sua vez, rebateu as acusações por meio de uma nota divulgada nesta quarta-feira, 22, negando que sua gestão tenha tomado medidas que comprometessem a saúde pública.
“Cancelamentos de empenhos realizados no final de cada exercício financeiro são rotineiros no serviço público. Isso é informação básica administrativa, que deveria ser do conhecimento da atual gestora. Eles se referem a saldos de empenhos estimativos e que não geraram despesas no exercício financeiro. Ou seja, não foram entregues produtos referentes a esses empenhos e nem foram emitidas notas fiscais”, argumentou o ex-prefeito.
Ainda segundo Edvaldo, as acusações da nova gestão seriam uma tentativa de ocultar falhas próprias. “Os empenhos para a aquisição de medicamentos deveriam ter sido feitos pela nova gestão no dia 02/01/2025, a fim de assegurar o fornecimento dos insumos pelas empresas contratadas. A responsabilidade por eventual prejuízo à população é única e exclusiva da atual gestão, que vem tentando esconder a sua ineficiência com notícias falsas e distorcidas”, concluiu.