O prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), desenterrou nesta semana uma das polêmicas que acabaram lhe gerando um grande desgaste com a direita independente nas eleições de 2022: a não substituição de seu nome, quando estava inelegível, pelo de Emília Corrêa (PL), sua então candidata a vice naquele ano.
Sobre o assunto, Valmir tentou se desviar do desgaste atribuindo a culpa para Edvan Amorim, alegando que teria sido o presidente do PL em Sergipe quem não o deixou tirar seu nome da disputa para dar espaço a Emília. Segundo o prefeito itabainense, o mandachuva estava confiante numa possível reversão de sua situação jurídica e, por isso, não recuou naquele ano.
No entanto, Edvan, grande articulador por trás da vitória de Emília Corrêa (PL) na capital, conseguiu consolidar sua influência na gestão da prefeita, garantindo espaço para sua irmã, Edna Amorim, que é a atual secretária da Educação. Esse movimento por si só desmonta completamente a narrativa de Valmir, que o culpava por não ter sido substituído pela ex-vereadora na corrida pelo Palácio dos Despachos em 2022, já que o prefeito não teve o prestígio de participar da nova gestão aracajuana.
Além disso, os próprios aliados mais próximos a Valmir já deram a entender, em diversas ocasiões, que foi ele próprio quem não quis recuar, por estar confiante demais na época. Fatos que só aumentam a contradição.
O ex-senador Eduardo Amorim (PL) também já afirmou, em entrevista, que Valmir tomou essa decisão por acreditar que a Justiça permitiria sua candidatura ao governo. Segundo ele, a decisão judicial, que veio logo após as eleições, confirmou essa confiança, mas chegou tarde demais, prejudicando assim o seu grupo.
Na época, diante da insegurança jurídica, os apoiadores de Valmir apelaram para que Emília o substituísse. No entanto, ele manteve-se na disputa, teve seus votos anulados e, no segundo turno, apoiou o candidato do PT, Rogério Carvalho. Uma decisão que, para muitos, foi incoerente e que lhe gerou desgastes e rejeição entre seus eleitores bolsonaristas, principalmente com a direita independente.