À medida que 2026 se aproxima, as peças mais importantes do grande quebra-cabeça que forma a política sergipana intensificam suas movimentações nos bastidores de olho nas eleições. E a Realce traz, com exclusividade, detalhes dessas costuras que prometem agitar o cenário pelos próximos meses.
Emília
Há uma grande possibilidade de que a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), opte novamente pela neutralidade nas eleições do próximo ano. Informações de bastidores indicam que sua prioridade é concluir o mandato como gestora e consolidar sua administração em busca da reeleição. A estratégia seria, com dois anos de um segundo mandato, lançar-se como candidata ao Governo do Estado, em 2030.
Mitidieri
Com o andar da carruagem para 2026, ex-adversários de Mitidieri em 2022 não deverão disputar o Governo no próximo ano, o que levanta o questionamento: o governador não terá um oponente no próximo ano? Nessa conjuntura, também considerando que obteve nos últimos meses uma indiscutível melhora na avaliação de sua gestão, o governador pode ter um caminho mais tranquilo do que foi na última eleição, e, por essa razão, diversas lideranças já estão articulando em busca da vaga de vice em sua chapa, inicialmente reservada para a família Andrade, segundo informações.
Rogério Carvalho
O senador petista, que naturalmente caminha para disputar o Senado no próximo ano, primeiramente deverá passar por uma eleição interna no PT, que será de extrema importância para definir o seu futuro. Nela, ele disputa internamente contra Márcio Macedo, que tem o apoio do governo do Estado. Porém, Rogério sai na frente, considerando que vai assumir a liderança do partido na Casa Alta, o que lhe dará ainda mais força.
Além disso, há também informações de que o senador pode se reaproximar do grupo governista e ser um dos candidatos do bloco no ano que vem, numa provável aliança nacional do PSD com o PT, que naturalmente envolveria Sergipe.
André Moura
O presidente do União Brasil em Sergipe, que vinha articulando para ter o poder da indicação do vice de Mitidieri e até mesmo um plano B com a oposição, é outra liderança cotada para a disputa pelo Senado, mas, ainda não deixou claro se seguirá por esse caminho ou se optará por outra candidatura. As informações são de que o ex-parlamentar tentou articular uma vaga no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, mas foi barrado por aliados. Agora, tenta construir uma candidatura a deputado federal pelo estado fluminense, porém, também está encontrando dificuldades.
Valmir de Francisquinho
O prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), apesar de sua inelegibilidade, vinha sendo cogitado para novamente disputar o Governo do Estado. No entanto, ciente de que o cenário já não é mais o mesmo que 2022, e diante dos sucessivos desgastes que vem acumulando desde então, especialmente com a direita independente, ele já recuou e deixou claro que não entrará no páreo como candidato. Inclusive, as informações são de que o ‘pato’ já estaria dialogando com Fábio Mitidieri (PSD) para uma possível aproximação política entre ambos. Além disso, as duas lideranças deram diversas declarações nos últimos dias dando sinais de que avançaram nas tratativas políticas.
Os Amorim
Edvan, que foi o grande articulador por trás da vitória de Emília Corrêa (PL) na capital, conseguiu consolidar sua influência na gestão da prefeita, garantindo espaço para sua irmã, Edna Amorim. Esse movimento por si só desmonta completamente a narrativa de Valmir, que o culpava por não ter sido substituído pela ex-vereadora na corrida pelo Palácio dos Despachos em 2022, já que o prefeito não teve o prestígio de participar da nova gestão aracajuana. No entanto, o próprio mandachuva do PL também corrobora a versão do pato de que foi o partido que optou por não substituí-lo nas eleições de 2022– o que contraria declarações de seu irmão, Eduardo, que culpava o prefeito itabaianense.
E, como Edvan é a cabeça central do PL, as informações são de que ele agora está articulando e intermediando com Emília, para a construção de uma possível aliança com o governo na eleição ou se manterá a neutralidade em 2026. Se assim for, Corrêa ganha mantendo a imagem de coerente, e Eduardo pode ser o senador de Fábio, sem seu partido precisar lançar candidatura ao Palácio dos Despachos – o que é uma situação muito remota já que a sigla quer candidaturas próprias em todo o país. Além disso, essa conjuntura com o PSD pode ser muito difícil de se formar, já que a legenda de Mitidieri tem grande chance de estar na chapa majoritária do presidente Lula, indicando seu vice.
Sérgio e Fábio
Um dos nomes cogitados para assumir a posição de vice é o do deputado federal Fábio Reis (PSD). O pessedista, parlamentar por quatro mandatos, também surge como uma forte opção do PSD para o Senado em 2026. Ele ganhou ainda mais força após a vitória de Sérgio Reis (PSD) nas eleições municipais de 2024 em Lagarto, onde obteve uma histórica e expressiva votação. No entanto, essa conjuntura dependerá muito de como será o mandato de seu irmão na cidade, que refletirá, naturalmente, em sua força no estado.
Rodrigo Valadares
Rodrigo é um dos nomes em constante ascensão da direita no estado e até no cenário nacional. Ele saiu na frente, nas últimas semanas, ao receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou claro seu desejo de vê-lo na corrida pelo Senado. Resta saber se ele, de fato, entrará no páreo, e por qual partido, seja o PP, como já abordado pela Realce, ou o PL.