Marcada para o dia 6 de julho deste ano, a eleição interna do PT para a escolha do novo presidente e demais dirigentes do partido nas esferas nacional, estadual e municipal já movimenta os bastidores da legenda em todo o país e, em Sergipe, as tendências começam a se articular para o pleito.
No estado, a disputa deve ficar polarizada entre os grupos do senador Rogério Carvalho (PT) e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo (PT).
De um lado, Rogério desponta como favorito, contando com o apoio do atual presidente do diretório estadual, João Daniel, além da maioria da militância.
Do outro, Márcio busca equilibrar forças e, para tentar superar Rogério, estaria trabalhando na filiação de novos nomes ao PT, inclusive da oposição, em um movimento que, segundo informações obtidas pela redação, pode ser interpretado como um verdadeiro “cavalo de Troia”.
No Ceará, o Processo de Eleição Direta (PED) deve ser acirrado entre as diferentes correntes internas que se dividiram na escolha do candidato à Prefeitura de Fortaleza em 2024. De um lado, está o grupo ligado ao atual prefeito Evandro Leitão, que conta com o apoio da ala majoritária do partido no estado. Do outro, despontam nomes como Luizianne Lins, Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar e Artur Bruno, que representaram a resistência interna na disputa passada.
Em Pernambuco, o PED será disputado entre os grupos da senadora Teresa Leitão e do senador Humberto Costa. Teresa defende a unidade partidária, enquanto Humberto mantém diálogos com a governadora Raquel Lyra (PSDB). O resultado da eleição interna definirá o posicionamento do partido entre a aliança com o PSB de João Campos ou uma reaproximação com o PSDB no estado.
No PT da Paraíba, a disputa está entre a deputada estadual Cida Ramos, o ex-presidente da CUT Paraíba Arimatéia França e o advogado Túlio Campos.
Além desses casos e de outros estados, também há uma disputa interna no cenário nacional, que opõe um grupo articulado em torno da presidente do PT, Gleisi Hoffmann — formado pelos deputados federais José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e Jilmar Tatto (PT-SP) —, e outro que se agrupou ao redor do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva.
O voto será realizado por meio de urnas eletrônicas. De acordo com a regra aprovada em dezembro pelo Diretório Nacional do PT, poderão participar do processo eleitoral apenas aqueles que se filiaram ao partido até 28 de fevereiro deste ano. O mandato para a presidência do PT é de quatro anos, com possibilidade de uma única reeleição.
No pós carnaval, a Realce fará coberturas exclusivas sobre as movimentações em todo o país, principalmente em Sergipe.