Ainda juntando os cacos da amargante derrota de seu grupo em Lagarto nas eleições de 2024, o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos), que viu seu projeto político de reeleição se enfraquecer drasticamente, encontrando dificuldades para formar uma chapa competitiva para 2026, tem corrido contra o tempo para as eleições do próximo ano. E conforme informações exclusivas que chegam à Realce, o parlamentar estaria enxergando em Laércio Oliveira (PP) uma luz no fim do túnel para seus planos.
Inicialmente, Gustinho tentou levar Ícaro (PL) para sua chapa, buscou aproximação com Thiago de Joaldo (PP) – o que ainda pode ocorrer, em um jogo de cartas marcadas que vinha articulando –, e até mesmo com André Moura (UB), que o rejeitou por preferir permanecer aliado a Ibrain de Valmir (PV) em Lagarto.
O objetivo era formar uma chapa forte, já que sua situação política atualmente não é das melhores. O cenário se torna ainda mais delicado com a gestão de Sérgio Reis (PSD) começando a apresentar avanços, o que naturalmente leva a comparações por parte da população com as administrações de Hilda Ribeiro (Republicanos), que gerou o órgão sobre seu domínio. A ex-prefeita deixou a gestão da cidade em meio a um grande caos — com atrasos salariais, negligência com a saúde e patrimônios públicos, além de uma crise fiscal —, inclusive político, abandonando aliados importantes, alguns dos quais ficaram em situações delicadas, segundo alguns dos próprios ex-secretário, que podem nos próximos dias começar a abandonar definitivamente a base.
Agora, as informações indicam que, caso Laércio, que foi o senador de Gustinho em 2022, assuma o comando da federação que está sendo costurada entre PP e UB, o acordo seria que Ribeiro fique no bloco, além de Rodrigo para o senado numa aliança frutífera para Oliveira, como já abordado pela Realce.
No geral, essa movimentação mostra que Laércio também vem se articulando de olho no comando do bloco e em 2026, buscando viabilizar um senador bolsonarista. A estratégia seria ceder suas bases a Rodrigo nesta eleição – já que ambos disputam o mesmo perfil de eleitor –, tê-lo como deputado federal até que ele concorra ao Senado e já trazer Gustinho como federal também. Posteriormente, Rodrigo o apoiaria para o Senado, garantindo que a federação tenha dois senadores, além de dois deputados federais.