O União Brasil emitiu ontem, 6, um posicionamento após a grande repercussão da matéria da Realce sobre a relação extremamente próxima entre André Moura (UB) e Alex Prado Santos, conhecido como Lequinho, preso por envolvimento no esquema de fraudes contra o INSS, o que vinha gerando intenso debate entre populares e lideranças políticas.
Na nota, o partido afirma que André “não possui qualquer vínculo com a vida empresarial de Lequinho, tendo recebido apenas seu apoio político”.
No entanto, fotos divulgadas pelo veículo evidenciam essa proximidade. Além disso, informações apontam que Lequinho teria atuado como principal coordenador das campanhas de André em Umbaúba, fortalecendo ainda mais as especulações sobre a ligação entre eles.
Ambos estariam endossando a pré-candidatura de Guadalupe, esposa de Lequinho, à Prefeitura de Umbaúba em 2024. No entanto, segundo informações amplamente circuladas no município, por orientação de aliados políticos e sócios, o próprio marido teria recuado e optado por que ela não disputasse o pleito — mesmo com ela liderando a maioria das pesquisas de intenção de voto à época.
Seria justamente essa relação próxima que alimentou o debate nas redes sociais, de populares a lideranças políticas, sobre a possibilidade de André ser um dos padrinhos políticos de Lequinho, apontado como um dos líderes do esquema criminoso em Sergipe ao lado de Sandro Temer de Oliveira — ambos presos no final de abril.
Os dois comandavam duas associações com sede em Sergipe: a Associação Universo e a APDAP Prev, investigadas por fraudes bilionárias contra o INSS. Segundo as investigações, as entidades foram criadas com documentos falsificados, inclusive com assinaturas forjadas em termos de filiação, autorizando descontos diretos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
De acordo com a Polícia Federal, as associações movimentaram mais de R$ 300 milhões em apenas 21 meses. A fraude consistia em descontos ilegais — geralmente entre R$ 30 e R$ 50 — identificados como “contribuições” nos contracheques das vítimas, sem que estas tivessem autorizado ou sequer tivessem conhecimento da existência das entidades.
A Realce se coloca à disposição para maiores esclarecimentos e, nos próximos dias, poderá trazer maiores informações. Fiquem atentos aos nossos canais.