Rodrigo Valadares (UB) e Alessandro Vieira (MDB) voltaram a trocar farpas nesta semana. Tudo começou após o senador ter sido escalado para relatar um novo texto sobre a anistia no Senado. E, durante uma passeata em Brasília a favor do perdão aos envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, o deputado bolsonarista chamou o delegado de “traidor”.
“Não acreditem em proposta do Senado feita pelo traidor Alessandro Vieira e relatada pelo petista Jaques Wagner (BA). Isso é engodo, enrolação e para deixar os brasileiros presos. O Brasil só aceita uma coisa e isso é anistia já”, disse Rodrigo, que foi relator do projeto de anistia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em 2024 — texto que acabou retirado da pauta por decisão do então presidente Arthur Lira (PP-AL).
A reação veio pouco depois de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), articular um novo projeto que propõe ajustes no Código Penal para aplicar penas proporcionais ao grau de envolvimento de cada réu nos atos golpistas. A proposta restringe o enquadramento mais severo aos líderes e financiadores, o que, segundo seus defensores, garante justiça sem abrir brechas para beneficiar figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Alessandro rebateu as declarações, chamando o deputado de “oportunista”. “Rodrigo é um oportunista. Se elegeu pela 1ª vez fazendo o L e usando boné do MST. Depois da eleição de Bolsonaro, viu uma oportunidade e passou a usar o discurso de extrema-direita, conseguindo chegar à Câmara. Não está preocupado com os presos, seus familiares ou com a Justiça. Ele só pensa na narrativa eleitoral da vez. Já eu estou preocupado em fazer o que acho certo, garantindo processos e penas justas”, afirmou o senador.
