As eleições de 2026 já começam a ganhar forma em Sergipe — seja na disputa pelas vagas na Alese, pelas cadeiras na Câmara Federal, pelo Senado ou pelo Governo do Estado, cada uma com suas particularidades. O que chama a atenção, no entanto, é que, diferente de 2022 — quando, nesta altura do campeonato, Valmir de Francisquinho (PL) já figurava bem nas pesquisas —, até agora nenhum nome forte foi apresentado pela oposição para enfrentar Fábio Mitidieri (PSD) nas urnas no próximo ano.
Com isso, o governador segue com um caminho relativamente tranquilo rumo à reeleição, concentrando esforços na gestão, que deverá ser seu grande cabo eleitoral em 2026, por meio da entrega de resultados concretos à população, como já se tem visto.
De malas prontas
Desgastado no PL após disparar fogo amigo contra aliados e colecionar decisões precipitadas desde 2022, além dos constantes atritos com os irmãos Amorim, Valmir pode estar mais próximo do que nunca de deixar o partido. Quem confirmou novamente essa possibilidade foi o próprio prefeito de Itabaiana.
De malas prontas II
Em recente entrevista, ele afirmou que ele ou aliados podem deixar a sigla para viabilizar arrumações políticas. Também destacou a possibilidade de apoiar Adailton Sousa (PL) ao Senado, caso o aliado tenha viabilidade eleitoral.
Farpas
E por falar no Senado, a corrida já tem sido acirrada e vem sendo marcada por constantes trocas de farpas. No episódio mais recente, Rodrigo Valadares (UB) e Alessandro Vieira (MDB) protagonizaram um embate após o senador ser designado relator de um novo texto sobre anistia. O deputado bolsonarista chamou o delegado de “traidor”, e o emedebista rebateu com o rótulo de “oportunista”.
Na mira
Rogério Carvalho também não tem escapado dos ataques. Segundo aliados, o senador tem sido alvo constante de campanhas difamatórias com fake news, intensificadas neste ano pré-eleitoral. Nesta semana, por exemplo, tentou-se vinculá-lo a um investigado da Operação Overclean, da Polícia Federal. Rogério se pronunciou publicamente e negou qualquer envolvimento.
Thiago no UB
Mantendo um grande desafeto com o senador Laércio Oliveira (PP), o deputado Thiago de Joaldo (PP) teria encontrado uma saída para deixar a legenda e mesmo assim permanecer na federação União Progressista: filiar-se ao UB. Segundo o parlamentar, ele já recebeu o convite de André Moura (UB).
Thiago no UB II
Vale lembrar que há pouco tempo, como já abordado pela Realce, Thiago estaria articulando em Brasília para tentar enfraquecer Laércio na disputa pelo comando do bloco, que segue sem uma definição.
Fábio retorna
O governador retorna hoje ao Brasil após participar da Offshore Technology Conference (OTC 2025), em Houston, Texas — a maior feira internacional do setor de petróleo e gás. Lá, avançou em tratativas sobre o retorno da Fafen ao estado e reforçou o projeto Sergipe Águas Profundas (Seap).
Rodrigo no PP
Quem também movimenta os bastidores é o deputado federal Rodrigo Valadares, que deve migrar para o PP. Nesta semana, ele esteve ao lado do presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira, alimentando especulações de uma possível filiação à sigla.
Rodrigo no PP II
Com a possível entrada de Rodrigo, Laércio — que também pleiteia indicar o vice de Fábio Mitidieri (PSD) em 2026 — busca consolidá-lo como o nome da União Progressista para o Senado, em um plano ambicioso para o PP sergipano garantir duas cadeiras na Casa Alta.
André e Lequinho
Desde a prisão do ex-vereador de Umbaúba, Alexsandro Prado, o Lequinho, na operação da Polícia Federal que apura fraudes contra o INSS, cresceu o debate de que ele não agia sozinho — e que nomes da política estariam envolvidos no esquema, especialmente pelo histórico de proximidade com figuras como o presidente estadual do União Brasil, André Moura. A repercussão foi intensa e o partido emitiu nota afirmando que ambos não possuem vínculo — apesar das fotos e registros indicarem o contrário.
