O vereador Lúcio Flávio (PL), que na última semana entrou em atrito com o autor do projeto e líder do governo na Câmara, Isac Silveira (UB), segue se posicionando contra a implantação da Loteria Municipal, aprovada em primeira votação. Ele chegou, inclusive, a cobrar a realização de uma audiência pública na Casa para ampliar o debate sobre a proposta, que também tem dividido opiniões nas redes sociais.
Para Lúcio, o mais prudente seria aguardar um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, que analisa se a criação de loterias oficiais é uma competência exclusiva da União.
Além disso, ele reforçou sua oposição ao projeto por considerar que a medida pode incentivar o vício em jogos de azar — um problema que, segundo o parlamentar, tem gerado dependência e causado sérios prejuízos a famílias em todo o país, tanto em plataformas digitais quanto em estabelecimentos físicos.
“O Brasil inteiro vive uma epidemia de viciados endividados nas jogatinas. Os jogos de azar, potencializados pelas bets, estão levando os brasileiros ao desespero, à falência e até ao suicídio. Todos nós estamos ouvindo os casos terríveis de famílias destruídas e patrimônios arruinados. Aracaju não tem nenhuma necessidade de mais um jogo de azar. Perguntem à população se eles querem isso”, declarou o vice-líder da prefeitura.
Nas redes sociais, a proposta também segue gerando debate: “concordo em número, gênero e grau com o vereador Lúcio Flávio, o dinheiro sai de pessoas que já não tem muito com a falsa esperança de ganhar e 99,999999999% não irão ganhar!”, disse um internauta. “Projetos para reduzir despesas, reduzir carga tributária, melhorar a renda das pessoas, ninguém faz. Mas, para depenar o povo que infelizmente por falta de educação e instrução, não tem bons empregos e buscam nos jogos de azar melhorar sua vida, isso sabem fazer”, completou outro. “Irmão, vocês são liberais, mas só liberam o que vocês querem é? Eu sou contra, mas ninguém é menino, a aposta existe desde sempre, a droga também e vai continuar existindo, se existe alguma maneira de regularizar, ganhar dinheiro e diminuir o tráfico porque não!?”, questionou mais um.