Sete meses após o assassinato do advogado criminalista José Lael, em Aracaju, a médica Danielle Barreto, acusada de ser uma das mentoras da emboscada que tirou a vida do advogado, teve sua prisão convertida para o regime domiciliar, decisão que provocou indignação pública, especialmente do filho da vítima, Guilherme Rodrigues, que também foi baleado no cruel atentado.
“Quase morri, e a vida do meu pai custou R$ 9.000,00 e alguns celulares. Agora, ela já pode ir para casa aproveitar o dinheiro dele. Afinal, matou ele apenas para isso. É muito fácil, né?”, escreveu Guilherme, em uma publicação nas redes sociais.
Para ele, o alívio por ver a principal acusada atrás das grades durou pouco. “A dor é muito grande. E, para completar, não podemos nem sentir o alívio de acreditar na justiça. Uma mãe que passa 7 meses sem mandar uma mensagem sequer para o filho. Fez cartas para falar mal das pessoas, mas carta para o próprio filho ela nem sequer pensou em fazer”, desabafou.
Danielle Barreto foi detida no dia 12 de novembro do ano passado, junto com outras seis pessoas suspeitas de participação no crime. Transferida no dia 10 de janeiro deste ano para o Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, a médica deixou a unidade prisional na última quarta após a Justiça converter sua prisão.
Segundo os autos do processo, Danielle é apontada como mandante e mente por trás da emboscada. A motivação seria patrimonial. “Ela pediu um açaí para o marido que ela dizia ser ruim, e ele prontamente foi comprar para agradá-la. Jamais imaginou que seria o fim da sua vida”, relatou o filho.
Guilherme finalizou seu desabafo com um recado: “Durmo todos os dias aliviado por saber que, onde o senhor estiver, meu pai, sei que o senhor também sabe que a Justiça de DEUS não falha NUNCA. A verdade sempre aparece. Aguardem a abertura do sigilo do processo.”