Falta menos de um ano e meio para as eleições de 2026, quando os eleitores retornarão às urnas para escolher representantes para os Executivos federal e estadual, além do Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa. E, mesmo com o pleito ainda relativamente distante, as articulações políticas já se intensificam nos bastidores, especialmente em relação à disputa pela Casa Alta, que vem sendo marcada por uma verdadeira guerra entre os pré-candidatos. Ao mesmo tempo, a definição do futuro vice-governador na chapa de reeleição de Fábio Mitidieri (PSD) também tem provocado agitação, com diversas lideranças acelerando articulações para garantir espaço na composição majoritária.
No caso da corrida para o Senado, em que duas cadeiras estarão em jogo, o páreo já conta com ao menos sete pré-candidatos: Rodrigo Valadares (UB), Rogério Carvalho (PT), Edvaldo Nogueira (PDT), Alessandro Vieira (MDB), Adailton Sousa (PL), Eduardo Amorim (PL) e André Moura (UB).
Todos são nomes de peso e já acirram uma intensa disputa nos bastidores, marcada inclusive por uma constante troca de ataques, usando fake news como uma ferramenta — tendo como principal alvo o senador Rogério Carvalho, que lidera as pesquisas para o próximo ano, além de Rodrigo Valadares, que deve polarizar a disputa com o petista, contando com o apoio declarado de Jair Bolsonaro. Há ainda Edvaldo Nogueira, que tem enfrentado tentativas de intimidação por parte de adversários, num claro foco de fazê-lo desistir da pré-candidatura.
O objetivo é evidente: aproveitar o momento em que as primeiras pesquisas começam a circular para desgastar os nomes mais bem posicionados e tentar consolidar espaço desde já, mesmo antes do calendário eleitoral oficial. E um dos pré-candidatos mais interessados em gerar desgastes aos seus adversários é justamente André Moura, que corre o grande risco de repetir o fiasco de 2018 em 2026.
Já com relação à vice-governadoria na chapa de reeleição de Fábio Mitidieri, lideranças que vão da direita à esquerda travam uma disputa silenciosa por espaço. Nos bastidores, apoios já estão sendo costurados em torno de nomes como Jefferson Andrade e Priscila Felizola, que vêm ganhando força nas articulações. No entanto, o senador e presidente estadual do Progressistas, Laércio Oliveira, tem reiterado publicamente seu desejo de que o partido faça a indicação do nome, reforçando que, com André Moura representando a federação União Progressista na disputa pelo Senado, a sigla teria legitimidade para ocupar também a vice na majoritária.
Com essas disputas ganhando forma e se intensificando a cada semana, fica claro: 2026 já começou; e quem perder tempo agora pode sofrer consequências irreversíveis no próximo ano.