Ao contrário de 2022, quando Valmir de Francisquinho (PL) já despontava como nome consolidado nas pesquisas nesta altura do campeonato, a oposição dá fortes indícios de que chegará a 2026 completamente sem rumo. Sem uma pré-candidatura competitiva capaz de ameaçar a reeleição do governador Fábio Mitidieri (PSD), os agrupamentos que deveriam juntar os cacos vivem uma intensa guerra interna por espaço e insiste no já frágil discurso vitimista de que o governo trabalha para vencer por W.O. Na prática, o que se vê é um cenário que expõe falta de articulação, jogo de vaidades e, consequentemente, vácuo de liderança.
Até aqui, nenhum nome da oposição demonstra força suficiente para bater de frente com Fábio, que lidera com folga a maioria das pesquisas de opinião pública e segue concentrado na entrega de resultados visíveis à população. Enquanto o governador foca no fortalecimento da gestão, a oposição se perde em brigas internas e discursos contraditórios. Valmir, por exemplo, mantém uma postura de vitimismo, insinuando que Emília Corrêa (PL) estaria agindo com ingratidão ao não lhe dar espaço em sua gestão.
Além disso, sua permanência no PL se torna cada vez mais insustentável diante dos sucessivos episódios de fogo amigo, atacando nomes como Edvan Amorim, Eduardo Amorim, Emília e outros que, até pouco tempo, estavam entre seus mais ferrenhos defensores. As informações são de que ele já estaria de malas prontas para deixar a sigla.
Nas últimas semanas, até que surgiu um esforço coordenado para tentar reerguer o grupo e “ressuscitar” a oposição, inserindo, por exemplo, o nome de Ricardo Marques (Cidadania) em sondagens e enquetes, mesmo após ele reafirmar publicamente sua intenção de disputar uma vaga na Câmara. Também forçaram o nome de Edvaldo Nogueira (PDT), pré-candidato ao Senado, para disputar o Palácio dos Despachos, numa clara tentativa de gerar mal-estar com o governador. Somam-se a isso entrevistas recheadas de narrativas atrapalhadas.