Maio está chegando ao fim e, com ele, se abre oficialmente a temporada dos festejos juninos em Sergipe. As fogueiras, as quadrilhas, os trios pé de serra e as bandeirolas coloridas já tomam conta das ruas e cidades sergipanas e, em pleno ano pré-eleitoral, as comemorações também se transformam em vitrine e teste de popularidade para lideranças políticas de olho em 2026.
Com presença garantida em palcos, fotos ao lado de sanfoneiros e acenos em meio ao povo, os festejos juninos se consolidam como o primeiro grande “termômetro” da pré-campanha.
Alguns certamente apostarão no teatro político, levando um verdadeiro exército de assessores, fotógrafos e aliados para criar a ilusão de carisma e popularidade. É o populismo de Instagram: cada aperto de mão é cronometrado, cada selfie tem enquadramento e cada passo é guiado por estratégia.
Por outro lado, há aqueles que, mesmo sem grandes produções, têm apelo popular natural: chegam e são recebidos com abraços, acenos e calor humano de verdade.
Há ainda os que evitam aparecer nos arraiais. Em vez de aproveitar o momento para ganhar visibilidade, preferem o silêncio, talvez por medo de vaias ou receio de expor o esvaziamento de sua base eleitoral.
Os próximos dias prometem ser intensos. E em Sergipe, todo mundo sabe: quem não dança com o povo agora, corre o risco de dançar nas urnas depois.