A situação que já não está das melhores tende a piorar ainda mais para Edvaldo Nogueira (PDT) e Emília Corrêa (PL) com a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara Municipal de Aracaju.
O ex-prefeito, que almeja disputar uma vaga ao Senado em 2026, segue sendo alvo de desgastes por suas gestões na capital e que devem se intensificar com os colegiados. Já Emília, que convive com uma crise administrativa em apenas seis meses de gestão, marcada pelo caos na coleta de lixo, também deve ver seu desgaste se intensificar com a abertura de uma nova CPI.
A Câmara instaurou ontem, 12, duas comissões que colocam os dois gestores na mira de investigações envolvendo o uso de recursos públicos.
A primeira CPI, protocolada pelo vereador Isac Silveira (UB), vai investigar a aplicação de recursos oriundos das multas de trânsito arrecadadas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) durante a gestão de Edvaldo. No total, o montante chega a R$ 135.216.467,35, acumulados entre 2017 e 2024. O principal ponto de questionamento é a falta de transparência sobre como esse valor foi utilizado.
A segunda CPI, de autoria coletiva com a assinatura de 20 vereadores, mira também a atual gestão de Emília e tem como foco a destinação de verbas da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP). O objetivo é apurar possíveis irregularidades no financiamento do projeto Natal Iluminado 2024, cuja execução envolveu cerca de R$ 10 milhões, sem licitação, valor mais que o triplo do gasto no ano anterior.
Ambas as comissões terão 120 dias de duração, e os partidos políticos da Casa têm até 15 dias para indicar os nomes que comporão os grupos de trabalho. Cada CPI será formada por cinco vereadores.