Eleito em 2022 após um pleito marcado por polêmicas, Fábio Mitidieri (PSD) iniciou sua gestão em janeiro de 2023 com o peso de provar que faria uma grande gestão. Não era pouca coisa. A expectativa era alta, e as cobranças vinham de todos os lados. O desafio de gerar resultados concretos, diante de um cenário de desconfiança, exigia mais que promessas, exigia ousadia. E foi justamente com isso que ele escolheu, dentre outras coisas, em sua primeira vez como gestor, usar a cultura e o fomento do turismo como dois grandes instrumentos de política pública, sem deixar de lado a educação e a infraestrutura.
Ainda nos primeiros meses de gestão, vieram as críticas. Oposição e parte da opinião pública passaram a críticá-lo duramente por apostar em grandes eventos como o Verão Sergipe e o Arraiá do Povo. Nas redes sociais, nasceu o apelido pejorativo, que virou até meme: “Festidieri”. A narrativa era de que o governador estaria priorizando festas, deixando de lado áreas essenciais. Mas o tempo, e os números, acabaram provando o contrário. O investimento nos festejos não apenas projetou Sergipe no cenário nacional, como também trouxe impactos reais para a economia e, consequentemente, para estas áreas, já que grande parte do retorno é direcionada a elas. Só o Arraiá do Povo de 2024, por exemplo, movimentou cerca de R$ 80 milhões na economia sergipana, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, segundo dados da Secretaria de Estado do Turismo. Na edição deste ano, a expectativa é de que os números sejam ainda maiores – os dados oficiais devem ser divulgados em setembro.
A virada de chave foi tão real que hoje os próprios opositores tentam copiar a estratégia que tanto criticaram como política de pão e circo. A Festa dos Caminhoneiros, em Itabaiana, e o tradicional Forró Caju, em Aracaju, ambos promovidos hoje por adversários políticos do governador, passaram a tentar disputar protagonismo com o Arraiá do Povo. O curioso é que os mesmos que diziam que festas não eram prioridade, agora apostam nelas como vitrines de gestão. Tentam, inclusive, bater de frente com o projeto estadual, que firmou o “país do forró” em marca nacional.
Dança dos partidos
Informações de bastidores apontam para uma possível mudança de partido do ex-prefeito Edvaldo Nogueira, que pode deixar o PDT e migrar para o PSB. Outra movimentação que vem se desenhando é a possível ida de Ícaro de Valmir para o Republicanos, partido comandado por Gustinho Ribeiro, que, como já abordado pela Realce, estaria fazendo um jogo duplo com a oposição. A legenda pode ainda receber Rodrigo Valadares (UB), que também mantém conversas com o PL. A revista trará, durante a próxima semana, informações exclusivas de movimentações de grandes nomes na política que podem estar mudando de sigla.
Nova rodada de pesquisas
A Realce começou a divulgar, nesta sexta-feira, 4, os primeiros resultados de sua nova rodada de pesquisas de opinião pública para as eleições de 2026, que ganhou grande repercussão nos bastidores. Realizada em parceria pelo Instituto Gadu, a sondagem aponta Fábio Mitidieri (PSD) mais uma vez como favorito na disputa pelo Governo de Sergipe, enquanto Rogério Carvalho (PT) e Rodrigo Valadares (UB) despontam na liderança pela vaga ao Senado.
Alimentou expectativas
A exclusiva concedida por Lúcio Flávio (PL) à Realce sobre a possível visita de Jair Bolsonaro a Sergipe no início de agosto gerou grande expectativa entre os setores da direita sergipana. As informações indicam que a vinda do ex-presidente depende de uma boa recuperação de seu estado de saúde, motivo pelo qual toda a agenda prevista para o mês de julho foi cancelada.
Rodrigo x Alessandro
Parece cada vez mais longe de acabar a richa entre Rodrigo Valadares (UB) e Alessandro Vieira (MDB). Após o deputado partir para ofensiva e chamar o emedebista de traidor, o senador respondeu no mesmo nível, afirmando que o bolsonarista foi “eleito com boné do MST, depois virou bolsonarista, agora quase filho do Bolsonaro. É o estilo dele”.
Cada vez mais isolado
Nesta semana, Valmir de Francisquinho (PL) foi novamente isolado das decisões do grupo que hoje é liderado por Emília, Edvan e Eduardo Amorim (PL), ao ser excluído da indicação dos dois nomes que os representarão na disputa pelo Senado. A prefeita de Aracaju anunciou sozinha o apoio ao ex-senador e a Rodrigo Valadares (UB), e o que mais chamou atenção foi justamente a ausência de qualquer nome indicado por Valmir, o que reforçou sua condição de líder a liderado.
Militância vai decidir
A militância petista irá decidir neste domingo, 6, quem comandará o PT Sergipe pelos próximos quatro anos. Disputam o comando do partido no estado o senador Rogério Carvalho, que desponta disparado como favorito para vencer amanhã; Cássio Murilo, candidato de Márcio Macedo; e a militante Carol Rejane.
Senado
A disputa pelo Senado em Sergipe começa a ganhar forma, mas o elevado número de indecisos, algo natural neste estágio, tem provocado oscilações nos demais índices, à medida que os pré-candidatos intensificam suas articulações. Esse cenário ficou evidente na última pesquisa divulgada pela Realce, cujos números chamaram a atenção.
Eduardo foi o que mais cresceu
Na sondagem divulgada pela Realce, Eduardo Amorim (PL) foi o nome que mais cresceu entre os pré-candidatos ao Senado. Segundo o levantamento, o ex-senador saltou de 6,10% em abril para 10,08% agora em junho, um avanço de quase quatro pontos percentuais em menos de três meses. O desempenho o colocou à frente de nomes como André Moura e Alessandro Vieira.
Deputado federal e estadual
A Realce publicará na próxima semana uma pesquisa de opinião pública para deputado federal e estadual, gerando grande expectativa, já que será sua primeira sondagem para ambos os cargos.