A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), está no sétimo mês de sua gestão e, naturalmente, já tomou decisões que merecem seu devido reconhecimento. No entanto, suas atitudes precipitadas têm ganhado maior visibilidade, resultando em desgastes consideráveis neste primeiro ano de mandato. E, em meio às polêmicas, tem sido cada vez mais frequente a sua tentativa de transferir responsabilidades para a antiga gestão de Edvaldo Nogueira (PDT), num discurso que, neste ponto da administração, já soa exausto e pouco convincente. Foi assim na crise do lixo, no caos do transporte público e, mais recentemente, na proposta de reforma da previdência, quando tentou novamente atribuir a culpa ao ex-prefeito.
Edvaldo reagiu
Em nota divulgada em suas rede sociais, o pedetista refutou qualquer pendência deixada em sua administração que justificasse o projeto enviado pela atual gestão à Câmara de Vereadores. Edvaldo também criticou o conteúdo da proposta, que, segundo ele, “vai além da reforma nacional”. “Ela corta pensões, quebra a paridade e tira direitos de várias famílias”, afirmou.
Emília recuou
Após todo o desgaste, seja com as categorias, vereadores e sindicatos, Emília recuou e adotou um novo discurso, afirmando que o projeto foi construído “com os sindicatos, em uma Mesa de Negociação respeitosa e transparente”. A prefeita também declarou que a nova versão do texto, já aprovada na Câmara, “preserva direitos, amplia garantias e foi aprovada por unanimidade pelas entidades sindicais”.
Exclusiva nacional da Realce
A Realce deu um furo nacional nesta semana, que repercutiu na imprensa, no judiciário e na política: o presidente Lula escolheu a procuradora Maria Marluce Caldas como nova ministra do STJ. Ela é alagoana, tem mais de 35 anos de carreira no Ministério Público e fazia parte da lista tríplice composta por Carlos Frederico Santos e Sammy Lopes na disputa pela vaga.
Somente em 2026
Diferente de 2022, quando havia uma candidatura posta com bastante antecedência, a oposição em Sergipe ainda não encontrou um nome competitivo para disputar o Governo do Estado em 2026. Segundo o ex-senador Eduardo Amorim (PL), a definição sobre quem representará o bloco na cabeça de chapa só deve acontecer em março ou abril do próximo ano.
Os mais ricos
Entre os sete deputados federais de Sergipe que votaram pela derrubada dos decretos do governo que aumentavam o IOF, medida criticada por especialistas por poupar os ricos e penalizar os mais pobres, estão alguns dos parlamentares mais ricos da bancada. Gustinho Ribeiro (Republicanos) lidera com patrimônio declarado de R$ 2,7 milhões, seguido por Yandra Moura (UB), que tem R$ 2,2 milhões, e Rodrigo Valadares (UB), com R$ 1,3 milhão. Todos ajudaram a barrar a taxação de grandes operações de crédito, câmbio e previdência privada. O único voto contrário foi o de João Daniel (PT), que não apresentou declaração de bens em 2022.
O segundo nome
Apesar de já ter oficializado apoio às reeleições de Fábio Mitidieri para o Governo e Rogério Carvalho para o Senado, o prefeito de Lagarto, Sérgio Reis (PSD), afirmou que só irá definir o segundo nome que apoiará para a Casa Alta em 2026. Segundo ele, essa decisão passará por conversas com o governador. Entre os nomes que já buscaram seu apoio estão Edvaldo Nogueira (PDT) e Alessandro Vieira (MDB).
Prega reconciliação
O prefeito também voltou a defender uma reaproximação entre o governador e o senador Rogério, principais nomes da sua chapa majoritária para 2026, afirmando que o petista é uma liderança de peso nacional, com prestígio e acesso direto ao presidente Lula. Segundo ele, somar essa força política à capacidade administrativa de Fábio Mitidieri pode gerar grandes avanços para Sergipe.
De volta à cadeira
O deputado federal licenciado Fábio Reis (PSD) reassume seu mandato na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira, 15. Com isso, o suplente Nitinho Vitale (PSD) deixa Brasília e retorna à Câmara Municipal de Aracaju.
O clima esquentou
Um requerimento da vereadora Professora Sônia Meire (PSOL) pedindo informações sobre acordos entre Aracaju e entidades ligadas ao Estado de Israel gerou forte embate na Câmara nesta semana. Ao criticar os bombardeios em Gaza, Sônia foi acusada de antissemitismo por Moana Valadares (PL), que disparou que “deixaria Hitler orgulhoso”. Sônia rebateu dizendo que Moana “nem trabalha” e não compreende a geopolítica.
No radar
O ministro Márcio Macedo (PT) segue no radar de uma reforma ministerial no governo Lula. E, segundo fontes ouvidas com exclusividade, a qualquer momento ele deverá deixar a Secretaria-Geral da Presidência para assumir o Ibama.
Repercussão em Sergipe
A tarifa de 50% anunciada por Donald Trump contra produtos brasileiros provocou reação imediata entre lideranças sergipanas. Enquanto o senador Rogério Carvalho (PT) e a deputada estadual Linda Brasil (Psol) classificaram a medida como ataque à soberania nacional e submissão ao autoritarismo, políticos bolsonaristas como Rodrigo Valadares (UB) e Moana Valadares (PL) aplaudiram o presidente dos EUA e culparam Lula pela crise diplomática.