O movimento Escola Sem Partido ingressou com uma ação judicial contra o PSOL e a deputada estadual Linda Brasil, sob a acusação de utilização indevida de escolas públicas para promoção político-partidária. O processo, protocolado na quarta-feira, 16, pede indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos e foi construído com apoio do vereador de Aracaju, Lúcio Flávio (PL).
De acordo com o movimento, publicações feitas por Linda em suas redes sociais foram anexadas como prova de que atividades com viés político estariam sendo realizadas em unidades da rede pública estadual. Em uma das postagens, a deputada aparece em ações educativas que, segundo os denunciantes, configurariam “proselitismo político-ideológico”.
Pela rede X, antigo Twitter, o coordenador nacional do Escola Sem Partido, Miguel Nagib, ironizou: “Uma de duas: ou o Estado proíbe esse tipo de ‘palestra’ nas escolas, ou organiza a fila para que TODOS os políticos e partidos possam desfrutar do privilégio concedido à deputada do PSOL (coisa que, evidentemente, ele não pode fazer…)”.
Em Sergipe, o caso ganhou força política com o apoio de Lúcio Flávio. “Tenho muito orgulho de ter participado e apoiado a construção desta ação que suscitamos junto ao projeto ‘Escola Sem Partido’, a partir de um vídeo em que denunciamos o uso de escolas públicas para difusão de ideologias políticas, partidárias e até eleitorais”, afirmou o parlamentar.
Fundado em 2004, o Escola Sem Partido é uma ONG que atua nacionalmente contra o que considera ser doutrinação ideológica no ambiente escolar.