O clima entre André Moura (UB) e Edvaldo Nogueira (PDT), dois dos pré-candidatos governistas ao Senado em 2026, está longe de ficar apaziguado. É o que fica claro com as declarações feitas nesta sexta-feira, 18, pelo ex-deputado federal, que afirmou manter o respeito institucional, mas deixou evidente que as feridas da eleição de 2024 ainda não cicatrizaram, pelo contrário, seguem abertas.
Tudo iniciou nas eleições de 2024, quando Edvaldo, prestes a deixar a Prefeitura de Aracaju, indicou Luiz Roberto (PDT) para disputar sua sucessão. E, ainda no primeiro turno, seu grupo lançou mão de uma série de ataques direcionados a André, que tinha a filha Yandra (UB) como candidata.
Segundo Moura, o embate ultrapassou os limites do aceitável. “A maneira como Edvaldo, o líder do agrupamento de eleição de Aracaju do ano passado, conduziu o processo do agrupamento dele, com fake news, sem compromisso e sem responsabilidade com a verdade… Isso ele, a candidatura liderada por Edvaldo, que naquele momento era a de Luiz Roberto, não teve compromisso com a pauta positiva para apresentar ao povo aracajuano”, declarou em entrevista à rádio Fan FM.
Ele ainda denunciou que sua família foi alvo de ataques sistemáticos, tanto nos palanques quanto nos bastidores da disputa. “Foi uma campanha movida pelas mentiras, pela falta de respeito com as famílias, e com a minha família em particular. E isso… a mágoa fica. Nunca escondi isso de ninguém. Ela é pública, mas respeito o ex-prefeito Edvaldo Nogueira. Não tem por que tratá-lo mal”, pontuou.
Além dos ataques oficiais de campanha, houve também movimentações nos bastidores atribuídas ao chamado “lado B” da política, com ações de natureza extra-oficial que, à época, tentaram colar em André Moura uma narrativa extremamente delicada: a de que a possível vitória de sua filha poderia representar uma ameaça, com suposta aproximação ao crime organizado do Rio de Janeiro.
Nos bastidores, a tensão entre Edvaldo e André é vista como um dos grandes obstáculos para a formação de uma chapa consensual ao Senado em 2026. E cada aparição ou declaração pública como a de hoje sinaliza que a pacificação está longe de ser alcançada.