A expectativa é alta para o retorno amanhã, 5, das sessões da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), quando oposição, imprensa e população aguardam explicações da gestão da prefeita Emília Corrêa (PL) sobre os indícios de sobrepreço na compra de ônibus elétricos, caso que levou o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) a determinar medidas cautelares contra a Prefeitura.
A oposição deve contar explicações formais da prefeita, que, ao invés de apresentar pareceres técnicos que pudessem sustentar a legalidade da adesão à Ata de Registro de Preços da Prefeitura de Belém (PA), estimada em mais de R$ 30 milhões, optou por atacar o órgão de fiscalização. Essa reação foi vista como mais um equívoco político e administrativo, ampliando o desgaste de sua gestão.
Segundo o conselheiro relator do processo, Flávio Conceição, cada veículo adquirido pode ter custado até R$ 850 mil acima do valor de mercado, gerando um potencial prejuízo de R$ 28,5 milhões aos cofres públicos. O TCE também determinou a retomada da Concorrência Pública nº 01/2024, cancelada unilateralmente por Emília, ato considerado ilegal e abusivo por estar em desacordo com as regras do consórcio que geria o certame.
Diante de tudo isso, a base governista da prefeita busca uma estratégia para reduzir o impacto do episódio.
As Sessões Ordinárias da Câmara Municipal de Aracaju acontecem de terça a quinta-feira, a partir das 9h.