As principais lideranças da situação e oposição em Sergipe arregaçaram as mangas na última semana para tentar acalmar os ânimos dos aliados e reorganizar suas bases, especialmente de olho no pleito de 2026.
No campo da oposição, o ex-senador Eduardo Amorim (PL), como já destacou a Realce, deu um passo que muitos classificam como gesto de pacificação ao declarar apoio ao nome de Valmir de Francisquinho (PL) para a disputa ao Governo do Estado em 2026, caso ele reverta sua inelegibilidade.
A fala, que também defendeu que a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), conclua o mandato na capital, foi vista como um esforço dentro do grupo, que vinha mergulhado num jogo de vaidades desde a eleição de 2022, com disputas internas cada vez mais evidentes e que vinham enterrando quaisquer chances do bloco para o próximo ano.
Já no grupo governista, a tensão mais recente partiu do presidente da Câmara de Aracaju, Ricardo Vasconcelos (PSD), que fez duras críticas ao ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). O episódio levou até mesmo o governador Fábio Mitidieri (PSD) a convocar uma reunião de emergência com lideranças da base, incluindo André Moura (UB), para tentar conter o desgaste e manter a coesão.
Outro episódio recente aconteceu entre André e Alessandro Vieira, que foi chamado de “incoerente” e “politicamente isolado” pelo ex-deputado, que também o acusou de fazer “barganha política no interior” para garantir apoio à sua reeleição. A reação veio após o emedebista afirmar que não votaria em AM para o Senado em 2026.
Em entrevista à Fan FM, Fábio revelou ter se reunido separadamente com ambos para tentar pôr fim ao racha, destacando que a prioridade é a união, não quem começou o atrito. A postura foi vista como mais uma demonstração da habilidade de articulação de Mitidieri, que sabe bem que a força do seu grupo sempre esteve na unidade.