O deputado federal e uma das principais lideranças bolsonaristas e trumpistas em Sergipe, Rodrigo Valadares (UB), defendeu e comemorou novamente as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. Desta vez, a decisão do governo norte-americano revogou vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos.
Em publicação nas redes sociais, Rodrigo Valadares afirmou: “Dessa vez o alvo são autoridades que colaboraram para a ‘escravidão moderna’ por meio do Programa Mais Médicos, onde profissionais eram usados para financiar a ditadura cubana. (…) Agora, com mais essa sanção anunciada por Marco Rubio, a vida dos mamateiros ficará mais difícil.”
A fala gerou uma série de críticas de internautas, que acusaram o parlamentar de distorcer fatos e de não representar os interesses de Sergipe. Comentários chamaram Valadares de “Pinóquio”, afirmaram que ele “mente por esporte” e destacaram que o Mais Médicos é fiscalizado pelo Governo Federal e órgãos de controle.
“Alguém precisa contar a esse político que esse fato criminoso contra brasileiros, médicos e trabalhadores não será esquecido pelos eleitores de 2026”, disse um. “Esse aí se o nariz crescesse como o do Pinóquio já teria dado a volta ao mundo! Vive de distorções e mentiras, minha alegria é saber que ele não será eleito em 2026”, comentou outro. “Como pode alguns sergipanos ter mandado O esse cara para a Camara federal? Porque ele não vai tentar ser deputado pelo Arizona, Texas, Carolina do Sul ou outro estado estadunidense? Esee deputado não representa Sergipe, ele é deputado da família Bolsonaro”, criticou mais um.
O anúncio das sanções foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, nesta quarta-feira, 13. A medida atinge Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30, além de ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, essas autoridades teriam usado a OPAS como intermediária para implementar o programa Mais Médicos em parceria com Cuba, supostamente driblando sanções americanas e repassando valores ao regime cubano. Washington alega que o envio de médicos faz parte de um “esquema de exportação de trabalho forçado” e afirma que dezenas de profissionais relataram exploração.
A decisão se soma a outras medidas recentes dos EUA, como o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal em julho, em meio a tentativas de interferir em decisões políticas e judiciais brasileiras.