Valmir de Francisquinho (PL) voltou a externar nesta semana a possibilidade de se aliar futuramente ao governador, afirmando que, na política, tudo é possível. O mesmo foi ressaltado pelo governador Fábio Mitidieri (PSD) que, por outro lado, demonstrou cautela, especialmente diante do histórico do pato com seus próprios aliados, ainda que reconheça as inúmeras possibilidades da política.
Em entrevista ao jornalista Paulo Pereira, Fábio afirmou: “Ninguém está rejeitando apoio, ninguém está dizendo que não quer. Longe de mim dizer isso. O que eu tô dizendo é que gato escaldado tem medo de água fria”.
Em outro momento, Mitidieri destacou as ações realizadas em Itabaiana, embora Valmir diga que ele não faz, e ressaltou a importância de reconhecimento: “É importante reconhecer o que é feito, porque a ingratidão tira a feição”, disse.
Com essas metáforas, estaria o governador deixando implícito o recado de que não se pode confiar totalmente em Valmir, apesar de sua “boa intenção”?
A fama de Valmir como político que dispara contra os próprios correligionários e amigos que o ajudaram em diversos momentos não é nova. Em Itabaiana, chegou a acusar Adailton Sousa (PL) de deixar a prefeitura endividada, colocando o ex-prefeito sob risco de enfrentar CPIs na Câmara Municipal. Vale lembrar também que, por sua vaidade, o ex-gestor não buscou a reeleição no comando da prefeitura da cidade serrana, que lhe era de direito dentro do bloco, o que mostrou sua fidelidade e lealdade.
Emília Corrêa (PL), Edvan e Eduardo Amorim (PL) também já foram alvo de ataques indiretos e diretos do pato, que os acusou de tentar isolá-lo, dentre outras situações. Houve ainda o episódio com Rogério Carvalho (PT), que, após se aproximar de Valmir em 2022, enfrentou forte desgaste quando o itabaianense declarou em uma rádio que havia feito acordo com o senador para permanecer elegível após as eleições.
A verdade é que Valmir segue acumulando episódios de rompantes que atingem em cheio seus próprios aliados. E é justamente essa postura que o faz ser visto nos bastidores como uma “arma de guerra de extrema precisão” contra os próprios aliados.