Nos bastidores da política sergipana, ganha cada vez mais força a informação de que o deputado federal Rodrigo Valadares assumirá o comando do PL em Sergipe. A articulação chega em um momento crucial para o parlamentar que, até então, vinha enfrentando dificuldades dentro do partido que almeja migrar, sobretudo diante do apoio desigual da prefeita Emília Corrêa (PL) para o Senado.
Enquanto concentrava sua estrutura e discurso na pré-candidatura de Eduardo Amorim, a gestora deixou em segundo plano a pré-campanha de Rodrigo, o que gerou desconforto entre aliados do deputado, além de nomes próximos ao clã Bolsonaro, que passaram a enxergar um tratamento diferenciado nos bastidores.
Conforme já abordado pela Realce, esse suporte de Emília a Rodrigo era visto mais como uma formalidade para não ter desgaste com os bolsonaristas, do que como um compromisso, de fato.
Portanto, a provável chegada de Rodrigo ao comando do PL muda o jogo. Mas, nos bastidores, também cresce a avaliação de que a movimentação é, na prática, parte do jogo duplo de Edvan Amorim, que mantém sob sua influência tanto a legenda quanto a Prefeitura de Aracaju, por trás das cortinas.
Então fica o questionamento: seria mesmo um duelo com Rodrigo pelo comando da sigla ou estratégia de Edvan para camuflar seu controle sobre o partido e a Prefeitura de Aracaju?