A Realce inicia hoje uma nova série de análises voltadas para as eleições de 2026, desta vez com foco nas disputas regionais que devem protagonizar a corrida no próximo pleito. E o ponto de partida é Lagarto, um dos maiores colégios eleitorais de Sergipe e que, sem sombra de dúvidas, terá peso determinante no páreo do ano que vem.
No município, o confronto já está firmando contornos. De um lado, o prefeito Sérgio Reis (PSD) aposta suas fichas em Ibrain de Valmir (PV) para a Assembleia Legislativa e em Fábio Reis (PSD) para a Câmara Federal.
No caso do deputado estadual, a expectativa é de que, com o apoio do gestor, ele seja o mais votado no município e tenha uma reeleição mais tranquila. Da mesma forma é o caso de Fábio que, como já abordado pela Realce, deve estar entre os mais votados na disputa pela Câmara e deve conseguir um quinto mandato sem muitas dificuldades, já que é apontado como um dos parlamentares em exercício na atual legislatura com maiores chances de reeleição.
Do outro, os Ribeiros se movimentam para recolocar a ex-prefeita Hilda Ribeiro de volta ao jogo e tentam dar sobrevida política ao deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos), que enfrenta cenário mais adverso do que em disputas anteriores, especialmente após a dura derrota de seu bloco nas eleições de 2024.
O parlamentar tem encontrado dificuldades para formar uma forte chapa para o páreo e amarga um desgaste que se soma ao peso da gestão de sua esposa e ex-prefeita, marcada por salários atrasados, crise fiscal e rejeição popular. Mas, apesar desse cenário desesperador para o deputado, não se pode subestimar sua capacidade de articulação, que tem feito de tudo na busca por uma possível última vaga para federal, como avaliam analistas da política sergipana.
A disputa é simbólica não apenas pelo peso eleitoral de Lagarto, mas também porque funcionará como ensaio direto para 2028, quando a sucessão municipal estará em jogo. Para os Reis, trata-se de consolidar a liderança de Sérgio, projetar ainda mais força no estado e garantir a continuidade do comando na prefeitura por mais quatro anos. Para os Ribeiros, o desafio é provar que ainda possuem musculatura para disputar a Prefeitura e recuperar a relevância perdida nos últimos anos.