As vereadoras Sônia Meire (PSOL) e Moana Valadares (PL) têm protagonizado diversos episódios de embates ideológicos na Câmara Municipal de Aracaju. Desta vez, o clima entre elas esquentou após a apresentação de uma moção de apelo contra o Estado de Israel.
Sônia levou à tribuna a Moção de Apelo nº 71/2025, solicitando que a prefeita Emília Corrêa (PL) interrompa contratos e acordos entre a Prefeitura de Aracaju e entidades vinculadas ao governo israelense. Em seu discurso, a parlamentar afirmou que Israel é um “país genocida” e acusou o Estado de estar dizimando o povo palestino.
A proposta, no entanto, foi duramente rebatida por Moana, que não poupou críticas e chegou a chamar a colega de “antissemita”. Ela disse que “Hitler estaria orgulhoso” das falas da vereadora do PSOL. Segundo ela, por trás das iniciativas contra Israel “há um ódio contra um povo que apenas luta pelo direito de existir”.
“Quero deixar aqui registrado o meu voto contrário a esse absurdo, a essa moção vergonhosa”, disparou Moana, acrescentando que já havia alertado, em outras ocasiões, sobre o que estaria “por trás” de requerimentos semelhantes apresentados pela colega.
O episódio é apenas mais um de uma série de embates entre as duas parlamentares. Enquanto Sônia defende publicamente o rompimento de vínculos institucionais com o Estado israelense, Moana acusa a colega de usar o tema para atacar o povo judeu e de silenciar diante de ditaduras e organizações classificadas como terroristas.