Tem sido intensas as movimentações e articulações de Edvan Amorim e da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, na tentativa de manter o comando do PL em Sergipe sob sua influência. A dupla montou um complexo sistemão com uma rede de alianças para impedir que o deputado federal Rodrigo Valadares (UB) consiga assumir a presidência da sigla no estado.
A estratégia passa por uma composição que reúne antigos aliados de Edvan e novos nomes que, por conveniência eleitoral, também se alinharam ao seu projeto. Entre eles está a própria Emília Corrêa, que já comunicou à direção nacional do PL sua posição contrária a Rodrigo, reforçando sua lealdade ao grupo dos Amorim. Há ainda nomes como Valmir de Francisquinho, Icaro, Thiago de Joaldo e Gustinho Ribeiro envolvidos nessa articulação.
Nos bastidores, a avaliação é de que esse “sistema” montado por Edvan e Emília tem sido eficaz em equilibrar o jogo. Se antes a nacional parecia decidida a entregar o comando a Rodrigo, agora a balança voltou a oscilar. A força de negociação de Edvan, que o faz ser visto como um grande “empresário da política”, somada ao peso institucional de Emília como prefeita da capital, dá ao grupo um poder de barganha difícil de ignorar.
Vale lembrar que Rodrigo é oficialmente um dos nomes apoiados por Emília para a disputa ao Senado. No entanto, informações já abordadas pela Realce apontam que aliados do parlamentar estariam insatisfeitos com o apoio desigual da prefeita, que tende a concentrar os esforços da máquina municipal na pré-candidatura de Eduardo Amorim, irmão de Edvan, Na prática, isso significaria escantear Valadares, mantendo apenas um apoio formal para não gerar desgaste com os bolsonaristas, já que o deputado é o nome defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na corrida.