O governador Fábio Mitidieri (PSD) segue no centro das articulações políticas em Sergipe, consolidando sua posição como peça-chave para a formação das chapas majoritárias em 2026. E isso não é fruto do acaso. O favoritismo apontado nas pesquisas e a força de sua gestão fazem com que todos os principais grupos busquem estar ao seu lado, seja na disputa pela vice-governadoria, seja nas duas vagas ao Senado que estarão em jogo.
No caso da vice, a movimentação é intensa a mais tempo. O presidente da Assembleia Legislativa, Jeferson Andrade (PSD), aparece como favorito para a sua chapa, com apoio declarado da maioria dos deputados estaduais, como já mostrou a Realce. Outro nome em destaque é o da superintendente do Sebrae, Priscila Felizola, que além da boa avaliação à frente da instituição, carrega a força de ser filha do ex-governador Belivaldo Chagas, figura determinante na eleição de Mitidieri em 2022 e ainda de grande influência nos bastidores.
A disputa pelas vagas ao Senado, por sua vez, também se torna cada vez mais acirrada. O único nome definido, até o momento, é o de André Moura (UB) em sua chapa. Mas outros pré-candidatos, como Alessandro Vieira (MDB), Edvaldo Nogueira (PDT) e, até mesmo Rogério Carvalho (PT), Márcio Macedo (PT), também buscam o apoio do governador.
Rodrigo Valadares (UB), em meio ao desgaste de sua aliança com Emília Corrêa em Aracaju, também ensaia aproximação com o governo, avaliando disputar uma das vagas com apoio da base governista, segundo informações. O mesmo já foi desenhado em torno de Eduardo Amorim (PL), tendo em vista que houve conversas entre Mitidieri e Edvan Amorim no final do ano passado e no início de 2025.
Até mesmo Valmir de Francisquinho (PL), historicamente opositor, não descarta a possibilidade de dividir o palanque com o governador futuramente.
Diante desse cenário, o que se observa é um movimento unânime: todos os principais nomes, da direita à esquerda, ensaiam ou ensaiaram em algum momento estar ao lado do governador. Isso reforça a leitura de que Fábio Mitidieri caminha para uma reeleição tranquila, com poder de escolha sobre quem estará em sua chapa. Mais do que isso, ele vê sua gestão melhorando a avaliação popular e consequentemente impulsionando as intenções de voto.