Tem sido intensas as movimentações nos bastidores do deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) para evitar um cenário definitivo de derrota eleitoral em 2026. O parlamentar, que deverá enfrentar dificuldades para montar uma chapa competitiva e assegurar sua reeleição à Câmara Federal, tem buscado saídas que lhe permitam escapar do isolamento.
Uma delas era uma aliança com André Moura, pré-candidato ao Senado. O movimento, no entanto, encontrou forte resistência do deputado estadual Ibrain de Valmir (PV), herdeiro político do saudoso Valmir Monteiro e aliado de AM, que já declarou que não divide palanque com Ribeiro. No entanto, as conversas com o pré-candidato ao Senado continuam.
Para Gustinho, essa composição era tratada como uma das poucas alternativas viáveis. Após a derrota de 2024 e o desgaste acumulado pelo governo desastroso da esposa e ex-prefeita Hilda Ribeiro, a eventual aliança com André seria uma oportunidade de sobreviver politicamente. Mas, em respeito à memória de Valmir Monteiro, a tendência hoje é de aproximação de André com Matheus, isolando ainda mais o deputado em Lagarto.
Nesse contexto, ganhou grande repercussão em Sergipe a informação exclusiva revelada pela Realce na última semana: Edvan Amorim (PL) tem montado um verdadeiro esquadrão em Brasília e atraiu Gustinho como parte dessa ofensiva contra Rodrigo Valadares (UB) pelo comando do PL.
A entrada de Ribeiro nesse jogo abriu duas possibilidades: entregar o comando estadual do Republicanos a Edvan ou reforçar o grupo de Amorim no próprio PL, caso ele vença a queda de braço. Esta última, no entanto, o lagartense já rejeitou, mas sem negar o acordo com o empresário. As informações de fontes confiáveis de Brasília são de que ele realmente se colocou à disposição do dirigente para fortalecer as negociações dele contra Rodrigo.
As conversas com a oposição já foram confirmados por Ícaro há meses, quando revelou ter recebido um convite do próprio Gustinho para que ele e seu grupo migrassem para o Republicanos. Mesmo diante desses movimentos, vale lembrar que todos querem estar próximos do governador, impulsionados pelo crescimento da avaliação popular da gestão e pelo cenário de fragilidade oposicionista, que segue sem nomes definidos. Esse ambiente facilita até mesmo a montagem de chapas proporcionais, já que, como a Realce revelou, Thiago e Ícaro rejeitam Gustinho, embora tenha havido esse movimento em Brasília. A revista, inclusive, detém outras exclusivas sobre esses bastidores e poderá trazê-las nos próximos dias.
Seja qual for o caminho, a movimentação escancara que Gustinho joga pela sobrevivência, e que, em 2026, sua permanência em Brasília dependerá de até onde conseguirá se equilibrar entre acordos e resistências. Mas não se pode subestimar a capacidade de articulação de Ribeiro, ainda mais quando sua difícil sobrevida política está em jogo.