A Realce inicia hoje mais uma série de análises para as eleições de 2026, desta vez avaliando os cenários da disputa pela primeira suplência dos pré-candidatos ao Senado. E o primeiro nome não poderia ser outro senão Ricardo Vasconcelos (PSD), até aqui o único nome já definido no estado.
Apesar das conversas de bastidores sobre a possível indicação de João de Solinha, esposo da vice-prefeita de Lagarto, Suely, André Moura (UB) optou por Ricardo em sua chapa, cumprindo um acordo previamente firmado entre eles, segundo informações, e enxergando no vereador uma saída estratégica para reverter o cenário de rejeição que enfrenta na capital sergipana.
No seu primeiro mandato como vereador, Ricardo alcançou o feito de ser eleito presidente da Câmara Municipal de Aracaju. Foi reeleito para o cargo no início do segundo mandato, quando tornou-se o segundo vereador mais votado da história da capital, com mais de 11 mil votos.
Além disso, Ricardo tem a lealdade de diversos vereadores, suplentes e demais lideranças na capital, que podem o acompanhar em 2026, fazer uma grande operação para André e estancar essa sangria da capital, para que o ex-deputado se torne realmente um pré-candidato competitivo. Todo esse capital político pode ser uma das cartas na manga de AM para formar uma forte estrutura em Aracaju, considerado que a cidade é seu calcanhar de Aquiles em disputas eleitorais. Isso ficou evidente em 2018, quando ele bateu na trave na corrida pelo Senado, mesmo contando com o apoio da maioria dos prefeitos do interior e dispondo de grande capital político e econômico; e em 2022 e 2024, com as votações inexpressivas de sua filha entre os aracajuanos.
Para 2026, ele desponta novamente com o apoio de boa parcela dos prefeitos, além do respaldo do governador Fábio Mitidieri (PSD), que tem sido cobiçado por diversos outros nomes que também almejam o Senado; e, claro, detendo de uma habilidosa capacidade de articulação.
E em meio às movimentações para o pleito, Ricardo já vem exercendo um papel ativo nas articulações de André, inclusive em suas ofensivas contra Edvaldo Nogueira (PDT), com destaque para a atuação nas CPIs recentemente instaladas na Câmara Municipal.
Vale lembrar que o suplente é quem assume o mandato em caso de afastamento do senador eleito, seja por convite para ocupar ministérios, secretarias de Estado, missões diplomáticas ou até mesmo por renúncia ou cassação. Não por acaso, a vaga costuma ser disputada com a mesma intensidade que a própria titularidade, já que pode significar chegar ao Senado da República.