O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que iniciou nesta semana, divide opiniões entre lideranças políticas e jurídicas. O senador Alessandro Vieira (MDB) afirmou que o processo em andamento deve resultar em condenação. Para ele, a repercussão política será inevitavelmente “complexa”, com um apelo à anistia ainda minoritário, mas que pode ganhar força diante do cenário.
Já no campo jurídico, há quem conteste até mesmo a validade do julgamento, assim como os bolsonaristas mais radicais. O advogado e ex-candidato a prefeito de Aracaju, Zé Paulo, destacou, em debate na TV Atalaia, que “desde o começo, o processo nasce errado”. Ele sustenta que o Supremo Tribunal Federal não teria competência constitucional para julgar um ex-presidente, levantando dúvidas sobre a legalidade da tramitação.
Bolsonaro responde a acusações de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, entre outros crimes. A pena, caso seja condenado, pode chegar a 46 anos de prisão. Além dele, outros sete acusados, entre militares e civis, estão no banco dos réus.
O julgamento deve se estender até o próximo dia 12.