A Realce obteve diretamente de Brasília informações exclusivas que dão conta de que a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados, deve enfrentar forte resistência no Senado ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nos bastidores, líderes já afirmam que a proposta dificilmente avançará, dada a pressão contrária de diversos parlamentares e da sociedade civil.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), por exemplo, ressaltou que, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, o rito regimental exige que o texto seja analisado primeiramente na CCJ, considerada a comissão mais importante da Casa.
Apesar disso, há a possibilidade de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), levar o tema diretamente ao plenário, o que aumentaria a temperatura política.
Entre os senadores sergipanos, o posicionamento já está definido: Alessandro Vieira (MDB), Rogério Carvalho (PT) e Laércio Oliveira (PSD) se manifestaram publicamente contra a PEC. Alessandro classificou a medida como “um retrocesso inaceitável”, Rogério afirmou que “não há espaço para blindagem de parlamentares em um país que clama por justiça”, enquanto Laércio reforçou que “a sociedade não aceita privilégios”.
O cenário indica, portanto, que a PEC da Blindagem pode naufragar antes mesmo de chegar ao plenário. E, caso contrário, precisará de 49 votos favoráveis em duas votações para ser aprovado.