A Realce, que foi duramente atacada por aliados de Eduardo Amorim e Rodrigo Valadares após revelar em fevereiro os atritos internos no PL, mais uma vez mostra que estava certa. Em recente declaração, o ex-senador afirmou que, à época, o deputado bolsonarista o procurou apenas para tirarem uma foto juntos e passarem a imagem de união, que, segundo ele, não era a realidade.
A foto em questão foi publicada logo após o furo da revista, em que os dois apareceram lado a lado, tomando café no Mercado Augusto Franco. Eduardo ironizou a cena ao relembrar, em entrevista ao radialista Luiz Carlos Focca: “Se você ver aquela foto minha com ele, já tinha um quê de desconfiança. Você vê que a xícara não tá tão perto”.
Nos bastidores, aquele registro já soava como uma tentativa de encobrir os fatos revelados em primeira mão pelo veículo: que os dois protagonizavam um duelo de gigantes para ser o candidato ao Senado pelo PL em 2026.
Até mesmo a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, tentou sustentar publicamente um apoio a ambos, mas na prática concentrou a estrutura da máquina municipal na pré-candidatura de Eduardo, como também antecipado pela revista. O gesto em direção a Rodrigo sempre foi visto como apoio fictício, uma forma de não desagradar o clã Bolsonaro, já que o deputado é o nome preferido do ex-presidente para representar o bolsonarismo no Senado.
A declaração de Eduardo, agora pública, reforça que a foto de “união” não passou de encenação e confirma as informações exclusivas da Realce, que desde o início expôs a crise e a disputa interna no PL.