A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser pauta entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a 27 anos de prisão pelo crime de golpe de Estado e por outros quatro delitos, ele cumpre atualmente prisão domiciliar em razão de medidas cautelares impostas no âmbito de investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Inicialmente, o Supremo havia avaliado a possibilidade de transferir Bolsonaro para uma cela especial no presídio da Papuda, em Brasília, numa tentativa de mostrar que não haveria privilégios ao ex-chefe do Executivo, segundo o colunista Paulo Capelli. A avaliação, no entanto, esbarrou no quadro de saúde do ex-presidente, considerado delicado por especialistas, especialmente no que diz respeito a problemas na região abdominal.
De acordo com informações de bastidores, ministros da Corte entendem que a manutenção da prisão domiciliar seria a alternativa mais apropriada, tanto pela necessidade de acompanhamento médico contínuo quanto para garantir deslocamento rápido em caso de emergência.
Vale lembrar que o local definitivo de cumprimento da pena só será definido após a análise dos recursos apresentados pela defesa e o trânsito em julgado da ação penal. Até lá, a tendência é que o Supremo leve em conta as condições de saúde do ex-presidente na tomada de decisão sobre seu regime de prisão.