A iminente federação entre o PSB e o Cidadania promete ter grandes impactos no cenário político de Sergipe, onde as duas siglas atualmente ocupam lados completamente opostos, sendo uma da base governista e a outra da oposição. E uma das grandes dúvidas é justamente sobre como elas conseguirão conciliar este fato.
Nos bastidores, informações indicam que Ricardo Marques deverá permanecer filiado ao Cidadania e assumir o comando da sigla em Sergipe, em substituição ao deputado Georgeo Passos, que ocupa a presidência estadual. A mudança teria sido articulada diretamente com o presidente nacional do partido, Comte Bittencourt, e já é tratada como um movimento encaminhado. O próprio Georgeo confirmou.
Com essa mudança, ganha força a tese de que o Cidadania deve migrar para a base governista, acompanhando a posição do PSB, que é uma das principais legendas do bloco de apoio ao governador Fábio Mitidieri. Isso porque também tem se intensificado as especulações nos bastidores de um possível rompimento entre o vice e Emília Corrêa (PL), o que, consequentemente, também alimenta a possibilidade dele deixar seu bloco e se aliar ao atual chefe do Executivo estadual, que já afirmou que devem dialogar.
Portanto, a federação deve impactar, e muito, o cenário político sergipano quando começar a ganhar forma de fato. Nos bastidores, o entendimento é de que ela poderá abrir caminho para uma nova composição no estado, favorecendo ainda mais o governador, que já conta com o apoio do PSB, uma das legendas mais estruturadas de sua base. O partido reúne lideranças de peso, como o vice-governador Zezinho Sobral, o secretário estadual da Saúde Cláudio Mitidieri, o vereador Elber Batalha e o ex-prefeito Anderson de Zé das Canas.