Quase um mês depois de Rodrigo Valadares assumir o controle do PL em Sergipe, por meio de sua esposa, Moana Valadares, ainda paira a incerteza sobre o futuro de Valmir de Francisquinho (PL) e Emília Corrêa (PL): se manterão lealdade a Edivan Amorim e o acompanharão em outra legenda, ou se permanecerão na agremiação do ex-presidente Jair Bolsonaro, preservando a ligação com o grupo bolsonarista.
Os ultraconservadores já têm cobrado posicionamento dos prefeitos, especialmente após recentes declarações de Rodrigo, que “jogou para a galera” ao afirmar publicamente desejar ver Valmir e Emília permanecendo no partido, o que acabou colocando ambos em uma posição delicada diante do eleitorado mais fiel ao bolsonarismo.
Nos bastidores, a jogada foi vista como uma estratégia para transferir a responsabilidade da permanência aos próprios prefeitos, enquanto o deputado se exime de desgastes.
No caso de Valmir, não é de hoje que ele articula uma possível saída do PL, especialmente diante de atritos internos desde as eleições de 2022, inclusive com Emília e Edivan Amorim. Seu filho, Ícaro, já confirmou a exclusiva da Realce sobre conversas com o Republicanos. Ainda assim, o pato segue adiando a troca de sigla, o que levanta especulações sobre se continuará sob o comando de Rodrigo para evitar mais um desgaste com o eleitorado bolsonarista.
Já no caso de Emília, que constantemente é cobrada e criticada por permanecer “em cima do muro” em pautas importantes para os bolsonaristas, manifestando-se apenas quando lhe convém, ela chegou a ser pressionada pela direção nacional do PL para permanecer entre os quadros do partido. Hoje, a prefeita vive um verdadeiro dilema, dividida entre a lealdade ao seu líder Edivan Amorim e a necessidade de reafirmar vínculos com o ex-presidente.
Enquanto isso, os ultraconservadores seguem cobrando, e, a depender do rumo que Valmir e Emília tomem, o custo político dessa decisão poderá ser alto.