Apesar de parecerem distantes, as eleições de 2026 já começaram e estão a todo vapor nos bastidores. E engana-se quem pensa o contrário. A pouco menos de um ano do pleito, diferentes pesquisas de opinião pública já esboçam o mapa da disputa pelo Palácio dos Despachos, num cenário completamente diferente do que foi em 2022.
Além do governador Fábio Mitidieri (PSD), também deverão estar no páreo: Emanoel Cacho (PL), Valmir de Francisquinho (PL), Eduardo Amorim (PL), Georgeo Passos (Cidadania) e Thiago de Joaldo.
No caso de Fábio, as principais pesquisas do ano, como do Instituto França, Real Big Time e, inclusive, do Instituto Gadu, mostram seu favoritismo e vantagem sobre os possíveis adversários. Esse cenário positivo reflete um conjunto de fatores, que inclui entregas concretas de sua gestão, estabilidade administrativa e boa imagem junto ao eleitorado. Projetos de infraestrutura, políticas sociais e programas de incentivo econômico têm elevado a aprovação de seu governo, que segue com a seta apontada para cima em todos os indicadores avaliados. Consequentemente, cresce também entre os eleitores a percepção de que o que está dando certo deve continuar, fortalecendo ainda mais o nome do atual governador.
Na oposição, por outro lado, o cenário é de indefinição. Por essa razão, alguns nomes vêm sendo testados, entre eles o do ex-senador Eduardo Amorim, que recentemente passou a ser cogitado para o pleito. Outro nome que surgiu foi o do deputado federal Thiago de Joaldo, embora ele não tenha a mesma capilaridade nem força eleitoral para rivalizar com o atual chefe do Executivo, como mostram as diversas pesquisas de opinião, em que aparece com os menores percentuais entre os nomes opositores.
Valmir, embora tente passar a mensagem de que tem pretensão de disputar o governo, mas busca apenas manter seu capital eleitoral, não deve conseguir entrar no páreo já que está inelegível após condenações por corrupção no caso do Matadouro, e também pelo acumulo de desgastes e rejeição que enterraram qualquer possibilidade de voltar a ter a força que o fez favorito em 2022.
Nesse impasse entre as lideranças da oposição, surgiu também a possibilidade de Georgeo Passos disputar o Executivo Estadual. Informações de bastidores indicam que, com sua iminente saída do Cidadania, devido à federação com o PSB, da base governista, ele teria recebido convite para entrar na corrida pelo Palácio dos Despachos pelo PL, agora comandado por Rodrigo Valadares. O mesmo partido abriga Emanoel Cacho, que tenta se viabilizar, mas segue sem acordo consolidado dentro da legenda.
E toda essa conjuntura, a menos de um ano do pleito, deixa claro como a disputa vem se desenhando no estado. A oposição segue fragmentada e em busca de um caminho comum, o que, por ora, mantém o governador em posição de conforto usando as entregas de sua gestão como artilharia e naturalmente se fortalecendo diante do eleitorado sergipano.

