A resposta seca da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), ao ser questionada ontem, 11, sobre o almoço entre Valmir de Francisquinho e Ricardo Marques (Cidadania), deixou claro o incômodo com a movimentação do prefeito itabaianense que vem tentando voltar a ser líder da oposição, como já abordado pela Realce.
“Não conversei com Valmir sobre almoço, o povo não quer saber disso. Não vou render uma coisa que não é relevante, que não faz entrega, que não altera nada na vida das pessoas”, disse Emília, tentando minimizar o peso do encontro.
Nos bastidores, porém, a leitura é de que a fala, além de ter sido feita com desdém, reflete o desconforto de quem sabe que o movimento de Valmir vai muito além de um simples gesto de reaproximação. O itabaianense tenta retomar o protagonismo perdido desde que foi escanteado das principais articulações da oposição, movimento intensificado após a ascensão de Emília ao comando da capital.
E o encontro com o vice-prefeito de Aracaju, também escanteado pela prefeita, reforça a tentativa de Valmir de reconstruir uma nova ala oposicionista, unindo figuras insatisfeitas com o estilo centralizador de Emília e dos irmãos Amorim.
Toda essa tensão deixa claro que o bloco oposicionista segue longe de uma harmonia, especialmente em meio a um jogo de vaidades em que todos querem o estrelismo e que está longe de acabar.


