As movimentações para as eleições de 2026 começam a acelerar neste fim de ano, e a disputa pelo Palácio dos Despachos, que até então seguia marcada por indefinições, tanto na oposição quanto na escolha do vice na situação, começará a ganhar contornos mais nítidos nas próximas semanas.
No campo governista, o governador Fábio Mitidieri (PSD) decidiu antecipar seus movimentos. Até então, sua estratégia era deixar qualquer definição de chapa apenas para 2026, evitando conversas eleitorais e priorizando a gestão. No entanto, com a entrada direta do presidente Lula nas articulações e a necessidade de organizar a base aliada, ele anunciou que deve apresentar os nomes da chapa majoritária ainda em 2025. Ou seja, deve definir quem será seu vice, posição que tem como favorito o deputado Jeferson Andrade (PSD), além de Priscila Felizola (Podemos). O mandatário também definirá quem será seu segundo nome para o Senado.
Do outro lado, a oposição ainda atravessa um período de turbulência. O “golpe” político dentro do PL, que resultou na ascensão de Rodrigo Valadares ao comando da sigla, praticamente sacramentou o destino de Valmir e dos irmãos Amorim, que já negociam uma migração conjunta para o Podemos. O deputado federal Thiago de Joaldo confirmou que também considera seguir para o mesmo partido, mas, apesar desses movimentos, não há definição sobre quem representará o bloco oposicionista no confronto direto com o governador. A indefinição, inclusive, é uma das marcas do grupo, que ainda não conseguiu construir consenso interno.
Dentre os potenciais candidatos, estão: Valmir de Francisquinho, que está inelegível e tem possibilidade extremamente remota de reverter sua situação para disputar; Eduardo Amorim, que deve permanecer na corrida pelo Senado; Emanoel Cacho, que tenta se viabilizar pelo PL, mas não possui capilaridade; Georgeo Passos e o próprio Thiago de Joaldo.
Entre eles, o governador segue largando na frente. O mais recente levantamento da Realce, realizado pelo Instituto Gadu, mostrou Mitidieri com vantagem sobre todos os adversários testados. Esse cenário, somado ao conjunto de fatores já trazido aqui na revista, revela um quadro claro a poucos meses da largada oficial: o governador mantém, por ora, posição confortável e uma vantagem que se reflete não apenas nas pesquisas, mas também na percepção de estabilidade que permeia grande parte do eleitorado sergipano.

