A Universidade Federal de Sergipe (UFS) se tornou uma das poucas instituições de ensino superior do Brasil a adotar cotas exclusivas para pessoas trans e travestis em seus programas de pós-graduação. A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário.
A medida tem como objetivo reduzir a desigualdade histórica que atinge a população trans, marcada pela exclusão do sistema educacional e do mercado de trabalho. De acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), apenas 0,3% das pessoas trans no país chegam ao ensino superior.
A deputada estadual Linda Brasil (PSOL) comemorou a aprovação e classificou o ato como “histórico”. Segundo ela, a política de cotas representa um passo fundamental na reparação de desigualdades e no fortalecimento de uma universidade mais plural e inclusiva. “Parabenizo a Universidade Federal de Sergipe (UFS) pela importante decisão e abertura ao diálogo, que permitiu essa medida que busca igualdade na inserção e que corpos e corpas trans possam, cada vez mais, ocupar todos os espaços”, disse.
Com essa iniciativa, a UFS se junta a universidades como a UFBA, UnB e UFPB, que já implementaram políticas semelhantes.

