Sergipe tem sido destaque em uma série de reportagens do portal Poder360 por seu protagonismo no setor energético, especialmente no mercado livre de gás. Com crescimento de 315% e a liderança absoluta no ranking nacional do segmento, o estado se consolida como um novo polo energético do país e como peça-chave da transição para uma matriz mais limpa, segura e competitiva.
A menor unidade da federação reúne hoje cerca de 20% das reservas conhecidas de gás natural no Brasil e vem consolidando um ambiente favorável a investimentos, parcerias e expansão industrial. O resultado aparece no Relivre, ranking nacional do mercado livre de gás, no qual o estado saltou da terceira posição, em 2023, para liderar o país em 2025.
A infraestrutura consolidada também tem papel central. A Sergás, distribuidora estadual, preparou um aporte de R$ 25 milhões até este ano para ampliar gasodutos, melhorar a rede e garantir escoamento contínuo para grandes projetos. Um dos principais pontos de pressão da rede é o Porto de Sergipe I, complexo termelétrico operado pela Eneva e hoje um dos pilares do mercado livre de energia no Brasil. Essa base tem permitido a atração de empresas, geração de empregos qualificados e abertura de novos negócios conectados à economia de baixo carbono.
Em entrevista ao Poder360, o governador Fábio Mitidieri (PSD) resumiu o momento: Sergipe é hoje um “pequeno gigante da matriz energética brasileira”, por reunir capacidade instalada e potencial em múltiplas fontes: gás natural, energia eólica, solar, hidrelétrica e termelétrica. Ele também enfatizou que o gás é um recurso decisivo para o processo de descarbonização: “O gás é uma energia limpa, não renovável, e importantíssima para a nossa economia e para a transição energética”, afirmou, defendendo que Sergipe está preparado para assumir protagonismo nacional e internacional nessa agenda.
O mandatário ainda afirmou que quer transformar o gás natural em vetor de uma nova industrialização no Estado. Para ele, o gás não deve ser apenas uma fonte de royalties, mas o ponto de partida para gerar empregos, atrair indústrias e posicionar Sergipe como protagonista da transição energética brasileira. “Eu sempre quando vou falar com o mercado digo o seguinte: eu não quero ser o Uber do gás. Eu não quero pegar o meu gás e colocar na linha de transmissão e só receber os royalties. Eu quero a indústria, o emprego, a renda que ele pode gerar. Esse é o grande desafio”, frisou.


