A discussão sobre a proposta de anistia aos réus dos atos de 8 de Janeiro voltou a ganhar força nesta semana após a militância de direita organizar uma mobilização nacional para pressionar deputados a pautarem o tema ainda nesta quarta-feira, 26.
Lideranças da oposição no Congresso afirmam que a votação é “urgente e necessária” para garantir o que chamam de pacificação nacional e restauração da segurança jurídica, especialmente após a recente prisão de Bolsonaro. Eles defendem que as penas aplicadas pelo STF foram desproporcionais e que o prolongamento dos processos mantém o país em clima de tensão.
O deputado federal por Sergipe, Rodrigo Valadares (UB), afirmou que a Câmara precisa assumir protagonismo e encerrar o que classifica como um ciclo de perseguições políticas. “Vamos pressionar pela pauta. A Câmara não pode protelar mais esse debate. O país precisa virar a página e superar as feridas deixadas por processos desproporcionais e condenações abusivas. A anistia é um passo necessário para pacificar o Brasil”, afirmou.
A expectativa é de que a oposição intensifique a pressão sobre o presidente da Câmara nas próximas horas. No entanto, ainda não há confirmação de que o tema será efetivamente pautado esta semana, já que também enfrenta resistência de setores do centro e da esquerda, que argumentam que a anistia inviabilizaria a responsabilização dos envolvidos em ataques às instituições democráticas.

