O vereador Lúcio Flávio (PL) segue usando a tribuna da Câmara de Vereadores para falar sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e elevou o tom ao classificar a decisão como um episódio de “intolerância religiosa”. Em discurso, o parlamentar questionou a atuação do Judiciário e afirmou que a justiça não deveria ter viés político, nem agir de forma seletiva contra qualquer liderança.
O parlamentar destacou que Bolsonaro foi preso mesmo sob monitoramento com tornozeleira e escolta policial, motivada, conforme sua crítica, pela organização de um culto religioso e de uma vigília em apoio ao ex-presidente, atos que sequer teriam ocorrido nas proximidades de sua residência.
Para Lúcio, transformar manifestações religiosas em suposta prática criminosa configuraria intolerância e afronta ao direito à fé.
O vereador ainda declarou que a Justiça deveria ser apartidária e defendeu que a utilização de instrumentos judiciais para fins pessoais, ideológicos ou de vingança precisa ser rechaçada pela sociedade.
“Quero registrar aqui o meu mais profundo repúdio enquanto presidente municipal do PL, pela instabilidade que está sendo causada por um único homem que avocou para si a prerrogativa de ser o Deus do Brasil. Ele acha que manda em tudo e em todos, mas eu creio, ainda creio, que há um supremo juiz acima daqueles que se acham Deus”, disse o parlamentar.


