A proposta de implantação do modelo de escolas cívico-militares em Aracaju voltou a provocar intenso debate no plenário da Câmara Municipal esta semana, colocando frente a frente as vereadoras Sônia Meire (PSOL) e Moana Valadares (PL), após ter sido aprovado ontem, 2, o Requerimento nº 493/2025, de autoria da bolsonarista, que solicita regime de urgência para a tramitação do Projeto de Lei nº 308/2025.
O texto autoriza o Poder Executivo a instituir o Programa Municipal de Escolas Cívico-Militares em Aracaju, iniciativa defendida pela parlamentar do PL como instrumento para melhoria da disciplina, organização do ambiente escolar e fortalecimento do desempenho dos alunos.
Na contramão da proposta, a vereadora Sônia Meire fez duras críticas ao projeto, alegando ausência de respaldo científico e possíveis conflitos com princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela afirmou que a rede municipal enfrenta outras prioridades urgentes, como climatização de salas, convocação de professores aprovados em concurso, ampliação de creches, acessibilidade e investimentos em estrutura básica.
Já Moana enfatizou que “as escolas cívico-militares trazem resultados: ambiente organizado, foco nos estudos, respeito aos professores e zero tolerância para a bagunça”. A parlamentar ainda criticou Sônia por ela colocar sua “ideologia” acima dos fatos.
Além de Sônia, votaram contra o requerimento de urgência os vereadores Camilo Daniel, Elber Batalha e Breno Garibalde.


