A Realce tem antecipado, ao longo dos últimos meses, análises e informações exclusivas sobre um interminável jogo de vaidades dentro da oposição, que tem travado o bloco e o afastado cada vez mais de qualquer tentativa real de unidade para as eleições de 2026. E, apesar de, a princípio, negarem isso, chegando inclusive a atacar o veículo, em meio a abraços e sorrisos forçados que tentavam sustentar uma falsa imagem de união, eles próprios passaram a confirmar publicamente o ambiente de disputa interna que domina o campo oposicionista.
Nos últimos dias, por exemplo, o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (Republicanos), tem reagido ao movimento em que a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (Republicanos), passou a se autoproclamar líder do bloco, excluindo-o completamente das decisões sobre a formação da chapa majoritária. Para ele, aqueles que têm buscado a posição, estão agindo com ego e vaidade, destruindo o grupo.
Ele não citou nomes, mas sua declaração remete obviamente a dois personagens centrais da oposição que, nos últimos meses, passaram a protagonizar episódios de desgaste interno motivados por vaidades e disputas de espaço.
Um deles é Rodrigo Valadares, que ao tomar para si o comando do PL em Sergipe acabou provocando um efeito dominó: os irmãos Edivan Amorim e Eduardo Amorim, além de outras lideranças, como Emília e Valmir, deixaram a sigla e, na prática, também o afastaram das principais decisões do grupo, alguns deles chamando-o de traidor.
A outra é Emília, que, ao afirmar que ela é quem lidera o grupo, descartando qualquer fala contrária, decidiu, de forma unilateral, manter Rodrigo e Eduardo como seus pré-candidatos ao Senado, gerando forte insatisfação entre outras lideranças oposicionistas, que reclamaram da ausência de diálogo e afirmaram que a decisão foi tomada sem qualquer consulta ao conjunto do bloco.
E o resultado é o mesmo que a Realce vem apontando há meses e que vem ficando cada vez mais consolidado para 2026: um campo oposicionista fragmentado, marcado por decisões individuais e cada vez mais distante da unidade necessária para enfrentar o governador nas urnas.


