Pela primeira vez na história de Aracaju, as mulheres emergem como forças destacadas tanto na esquerda quanto na direita, tornando-se protagonistas para as eleições municipais de 2024. A crescente presença de nomes femininos para a próxima disputa eleitoral não reflete apenas a redução da desigualdade de gênero, mas também marca um acontecimento histórico, que deverá ser um divisor de eras.
No cenário da capital, dois nomes se destacam, representando diferentes linhas ideológicas. A vereadora de oposição, Emília Corrêa (PRD), surge como o grande nome na esfera da direita, possuindo reais chances de vitória ainda no primeiro turno, impulsionada pelo amplo apoio popular à sua pré-candidatura. Sua liderança é notável, com uma abordagem conservadora que também conquista o apoio de bolsonaristas, principalmente os evangélicos.
Também na oposição, surge Candisse Carvalho (PT), com uma perspectiva de esquerda. Apesar de ser estreante como pré-candidata, para as eleições 2024, a jornalista passou de descreditada para uma grande realidade, surpreendendo dentro dos quadros petistas. Aproveitando os espaços deixados por outros membros do partido, ela angaria apoio da militância, assim como dos movimentos sociais e populares, e se destaca por ser um dos nomes que mais têm crescido nos últimos dois meses.
Trocando em miúdos, em 2024, Aracaju se depara com uma eleição marcada pela competitividade de nomes femininos na corrida sucessória ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Esse contexto abre a possibilidade de eleger a primeira prefeita mulher na história da cidade.
Vale ressaltar que em 2022, os sergipanos já elegeram as duas primeiras deputadas federais, Yandra Moura (UB) e Katarina Feitoza (PSD), marcando um avanço significativo na representação feminina na política do estado.