À medida que as eleições de 2024 se desenrolam, vislumbra-se um padrão familiar ao pleito de 2022, com a população rejeitando o status quo e abrindo espaço para a ascensão da terceira via, comandada pelos conservadores, seguida por um representante do PT. Na capital sergipana, Emília Corrêa (PRD) e Candisse Carvalho (PT) são os nomes que se destacam, enquanto os governistas enfrentam a urgência de reverter as chances remotas de manterem o comando da cidade, usando estratégias para minar seus adversários, assim como na disputa anterior, que foi decidida fora das quatro linhas.
Em 2022, após o clima de disputa interna ter se apaziguado com um acordo que levou Edvaldo Nogueira (PDT) a abrir espaço para Fábio Mitidieri (PSD) concorrer ao governo de Sergipe, o cenário inicial já se apresentava desfavorável aos governistas. Valmir de Francisquinho (PL) liderava com folga nas pesquisas, seguido por Rogério Carvalho (PT). O primeiro turno confirmou esse panorama. Em Aracaju o ex-prefeito de Itabaiana conquistou mais de 130 mil votos, o petista ficou em segundo lugar, com 72 mil, e o candidato do PSD em terceiro, com apenas 45 mil votos.
Já na eleição deste ano, há várias similaridades com o pleito passado. A começar pelo grande favoritismo de Emília que, assim como Valmir, se consolidou como um verdadeiro fenômeno eleitoral. Já Candisse segue os passos de Rogério, com um grande apoio da militância e do eleitor lulista, podendo chegar ao segundo turno, e sendo também uma grande ameaça para os governistas, que podem não ter a chance de disputar o segundo turno.
Assim, há uma considerável chance de que o cenário de 2022 se repita este ano na capital, com Luiz Roberto (PDT) sendo o candidato e o grupo permanecendo unido, mas enfrentando a rejeição do eleitor, enquanto a terceira via e a petista se sobressaem. Contudo, peculiaridades também podem surgir, já que o grupo busca minar as pré-candidaturas adversárias, segundo informações já abordadas pela Realce, seja enfraquecendo seus projetos políticos ou empregando estratégias sorrateiras como supostamente fez na última disputa, em que o terceiro colocado saiu vitorioso, contrariando o desejo popular, em acontecimentos inegavelmente antidemocráticos.