Após a população expressar desaprovação em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava supostas irregularidades na concessão de licenças e alvarás pela Secretaria Municipal de Obras da Barra dos Coqueiros, por ter sido usada pela oposição como um instrumento político, como abordado pela Realce nesta semana, os vereadores decidiram nesta sexta-feira, 2, arquivar o colegiado, por 7 votos a favor e 5 contra. A medida claramente foi movida para evitar desgastes com os barracoqueirenses.
Esta decisão vem após semanas de debates acalorados e intensa cobertura midiática, que transformaram a Câmara Municipal em um verdadeiro circo político, diante das possíveis irregularidades da comissão.
O pedido de prorrogação do colegiado havia sido feito pela Presidente da CPI, vereadora Frankeline, da oposição, liderada por Airton Martins (PSD), mas foi rejeitado pela maioria.
Vale lembrar que, desde que foi instalada, a CPI tem sido marcada por polêmicas e possíveis irregularidades. A começar pela denúncia de Anna Cecília Cacho, advogada da Ocean Barra, empresa investigada na Comissão, de que um dos denunciantes estava frequentemente presente nas reuniões da comissão.
Para a gestão municipal, a CPI, em pleno ano eleitoral, em que o atual prefeito Alberto Macedo (MDB) buscará a reeleição, era vista como uma tentativa de difamação e desinformação, com o objetivo de prejudicar a administração e seu secretariado.