À medida que as eleições de 2024 se aproximam, as movimentações dos governistas se intensificam em busca de uma alternativa para evitar a repetição do grande fiasco ocorrido em 2022. O cenário deste ano se assemelha bastante ao do último pleito, quando um candidato apoiado pela direita, Valmir de Francisquinho (PL), e outro pela militância petistas e movimentos sociais, Rogério Carvalho (PT), ultrapassaram Fábio Mitidieri (PSD), que ficou em terceiro lugar. Agora, nomes fincados nesses viés ideológicos ameaçam novamente as chances remotas dos governistas de chegarem ao segundo turno, com Emília Corrêa (PRD) representando o eleitorado conservador e Candisse Carvalho (PT) a esquerda.
Com o cenário de 2022 se desenhando para se repetir neste ano, há uma alta probabilidade de que tanto os candidatos da direita quanto do PT repitam suas votações da última disputa. Enquanto isso, o candidato indicado pelo grupo governista corre o risco de novamente ficar em terceiro lugar.
Isso fica evidente ao analisar os números de 2022, quando Mitidieri ficou em terceiro em 39 dos 41 bairros de Aracaju, não liderando em nenhum deles, enquanto Valmir e Rogério obtiveram destaque com votações expressivas.
Fábio ficou em terceiro lugar em 39 dos 41 bairros no levantamento da Realce sobre as eleições 2022. O governador obteve apenas 45 mil votos em toda a capital. Nos 2 bairros que não amargou a terceira colocação, ficou em segundo lugar, não vencendo em nenhum deles.
Cientes da alta probabilidade de que essa dinâmica se repita, os governistas estão investindo em estratégias para enfraquecer as pré-candidaturas de suas principais adversárias que, além de contar com apoio da população ao apelo por candidaturas femininas nessas eleições, também têm o respaldo dos principais adversários de Mitidieri em 2022, Rogério e Valmir. Essa conjuntura torna essas prováveis candidaturas ainda mais desafiadoras para o grupo situacionista.