José Carvalho de Menezes, popularmente conhecido como Juquinha do PT, e por seu papel crucial na instalação do Hospital de Amor em Lagarto, fez declarações na manhã de hoje, 28, sobre a polêmica envolvendo a unidade hospitalar e os esforços do governo de Fábio Mitidieri (PSD) para impedir seu funcionamento.
Em sua declaração, Juquinha do PT desmentiu ao vivo o Secretário da Saúde do Estado, Walter Pinheiro, que tentou contornar a situação, usando um discurso mais político do que técnico, afirmando que equipamentos fora do padrão seriam o principal obstáculo para o funcionamento do Hospital; evidenciando a ação desumana do Governo Mitidieri contra a instituição.
Segundo Pinheiro, a liberação para o funcionamento do hospital não depende do Estado, mas sim do Ministério da Saúde. Além disso, ele alegou que o Hospital de Amor enfrenta questões fundamentais, como a ausência de licença da vigilância sanitária, uma estrutura física ainda em construção, e equipamentos de radioterapia que estão fora do padrão exigido.
Juquinha, no entanto, refutou o secretário, afirmando que o aparelho ao qual ele se refere como um impedimento por não estar dentro do padrão, possui laudo aprovado pela Comissão de Energia Nuclear, o órgão máximo para determinar se um dispositivo deve ou não funcionar.
Ele ainda detalha que o hospital foi construído seguindo os moldes aprovados pela vigilância sanitária do estado. A única questão pendente era a obtenção de um balcão e a resolução de um problema de CNPJ, que também já foi solucionado. Juquinha afirmou que vai acionar o órgão responsável para seguir os trâmites necessários.
O articulador, em sua fala, ainda comprovou os obstáculos criados para travar o hospital de câncer de Lagarto. Segundo Juquinha, o município enviou um ofício ao Estado solicitando que este assumisse a gestão, para que a unidade fosse administrada do ponto de vista de regulação estadual. No entanto, o governo estadual devolveu o ofício para o conselho regional da cidade, alegando falta de interesse em assumir a gestão da instituição. O Ministério da Saúde então sugeriu que isso fosse feito com a prefeitura. “Pela lógica da oncologia, seria com o Estado, porque o Estado é o grande gestor da oncologia”, afirmou Juquinha em entrevista ao jornal da Fan, reiterando que a obra está 100% pronta para cumprir sua proposta inicial nesta primeira fase, incluindo ambulatório, radiologia e quimioterapia.
“O que a gente vai oferecer aqui nem a iniciativa privada oferece aos mais ricos do estado de Sergipe. Isso é falta de boa vontade diante de um investimento desse”, acrescentou, criticando aqueles que tentam impor empecilhos para barrar o funcionamento da unidade.
A polêmica iniciou após ganhar uma grande repercussão de uma entrevista do idealizador do Hospital de Amor, Henrique Prata, na Jovem Pan FM, em que expôs uma denúncia grave, revelando que a gestão de Mitidieri teria tentado impedir o funcionamento da unidade. A justificativa foi que, em dois anos, concluirão a obra do Hospital do Câncer, iniciada em 2016, inicialmente programada para ser finalizada em 36 meses, mas que, até o momento, permanece inconclusa.