A dança dos partidos está em pleno vigor, com líderes correndo contra o tempo em busca de se fortalecerem eleitoralmente, intensificando a busca por apoios de outras siglas e formações de chapas.
Na definição das coligações partidárias, um dos aspectos cruciais é o tempo destinado à propaganda eleitoral no rádio e na TV. Quanto mais tempo de exposição no horário do TSE, melhor para os candidatos, principalmente os majoritários. Por isso, os pretensos candidatos concentram esforços nessa busca como uma das estratégias fundamentais para o sucesso nas eleições.
A distribuição atual do tempo de propaganda de cada partido é determinada pelo número de deputados federais eleitos nas eleições de 2022, sendo esse tamanho das bancadas um elemento crucial de negociação para filiações, especialmente durante a janela partidária neste mês.
Atualmente, os partidos com maior tempo de propaganda partidária são: União Brasil (UB), Partido Social Democrático (PSD), Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Liberal (PL), Progressistas (PP), Republicanos e Partido dos Trabalhadores (PT), que formam as maiores bancadas na Câmara dos Deputados.
Um grupo intermediário dispõe de menos tempo, incluindo o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Podemos, Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
O tempo total de propaganda em rádio e TV, segundo dados do TSE, é de 220 minutos, distribuídos entre os 14 partidos citados.
No grupo governista, o ex-deputado federal André Moura (UB), que lançará sua filha, Yandra Moura (UB) na disputa deste ano, enfrenta um dos desafios mais críticos. Em preparação para 2026, busca conquistar capital eleitoral na capital e em outras cidades da Grande Aracaju, onde possui uma gritante deficiência eleitoral. Atualmente, ele apenas conta com o apoio do União Brasil (UB), Podemos, Avante, PMN e, possivelmente, do Democracia Cristã.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), por sua vez, que deverá indicar o secretário Luiz Roberto (PDT) para sua sucessão, conta com o PDT; o PSD, caso Katarina Feitoza não entre na disputa; o MDB, que pode indicar Danielle Garcia como vice de sua composição em um acordão do sistema; e busca fazer amarrações com o Republicanos e o Solidariedade.
No entanto, como André corre contra o tempo para angariar mais apoio e reverter sua situação crítica, ele articula para tomar partidos de seus oponentes e, até mesmo, do próprio Edvaldo. Apesar do Republicanos estar avançado nas negociações com o prefeito, Moura busca ter a sigla como aliada, assim como no caso do Solidariedade, em que o presidente estadual Valadares Filho segue a orientação do ministro Marcio Macedo (PT). Ele também articulou para ter o controle do PSDB, mas sofreu uma derrota para Eduardo Amorim.
Enquanto isso, a vereadora Emília Corrêa (PRD) deverá ter em sua base o PL, PSDB-CIDADANIA, e o PRD. A sigla pela qual irá se candidatar deverá ser anunciada em breve.
No caso da pré-candidatura do PT, ela deverá contar com o apoio da federação, composta pelo PCdoB e pelo PV, caso haja um consenso pelo nome de Candisse Carvalho, e, numa lógica natural de um projeto de esquerda, aguarda também o apoio do Solidariedade.